1. Há coisas anodinamente imbecis que ficam gravadas na memória, e um tipo trata de as proteger, só porque sim, à falta de […]
Ler maisAutor: Diogo Martins
Tentações: a literatura e o nevoeiro no caminho
1. «Casa belíssima, jardim soberbo, companhia da melhor, mulheres gentis. Mas de repente a praça das execuções passou a ser mesmo por baixo […]
Ler mais“No fim do mundo um zé-ninguém toca piano” – algumas leituras
Uma breve nota de abertura, a servir de contexto. A lista que se segue, estando aqui disponível na VILA NOVA, surge a convite […]
Ler maisA lenta exalação do universo (ou a vida depois de Yang)
Por onde começar? O restolhar das árvores, caindo em cachos, num pequeno trilho. Nesse lugar, seguindo adiante, uma jovem olha para trás, olha […]
Ler mais‘Para que lado fica o amanhã?’ – notas sobre um espectáculo
1. De um qualquer caderno de piadas secas: Qual é o hobby do recluso? É matar o tempo. 2. Começo por esta abordagem […]
Ler maisAndré Barata e a solidariedade discreta das coisas
1. «O que há a fazer é sermos muito melhores a apanhar boleias, do sol, do mar e da inteligência técnica da vida […]
Ler maisA mão do oleiro e o relevo do mundo: lendo ‘A Caverna’, de Saramago
[começar] «Fui ao cemitério, dei um cântaro a uma vizinha e temos um cão lá fora, acontecimentos de grande importância todos eles» (p. […]
Ler maisO negro irregular da ruína: entre Tolstoi e Rui Nunes
[ecos] «O poema ensina a cair / sobre os vários solos […]» (Luiza Neto Jorge, Poesia, p. 141) «Cai o texto na suavidade […]
Ler maisAmar uma sombra: com Lourdes Castro
1. Terá começado assim, a imagem: com a filha de um oleiro chamado Butades de Sicião. Na iminência de ver o rapaz que […]
Ler maisEmanuel Jorge Botelho: uma sombra no risco da noite
«vem de longe a calamidade, a imaginária sombra». Assim começa um poema de Emanuel Jorge Botelho, num livro que data de 1982, intitulado […]
Ler maisJosé Luís Barbosa, uma visão com sentido para Nine
O texto que se segue constitui, na sua versão original, um post na minha página de Facebook (publicado a 7 de Setembro deste […]
Ler maisDança de signos: escrever para teatro, lendo Rui Pina Coelho
1. «Doem-me as pernas. / A maior parte dos dias sinto-me como se / estivesse numa peça de Beckett.» Começo por citar esta […]
Ler maisOs enredos da eternidade
Roy Andersson (n. 1943) é um realizador sueco, natural de Gotemburgo. As suas primeiras incursões pelo cinema denunciavam um comprometimento social mais explícito, […]
Ler maisLouise Glück e a vida das plantas
«At the end of my suffering / there was a door.» Os primeiros versos de A Íris Selvagem começaram por ser um rumor […]
Ler maisFalhar com verdade
1. No Natal de 1996, o meu pai deu-me como presente a antologia Primeiro Livro de Poesia, organizada por Sophia de Mello Breyner […]
Ler maisCriar relações pela arte: livros e fotografia, um projecto da Terceira Pessoa
No dia 6 de Novembro, a Casa Amarela – Galeria Municipal de Castelo Branco abriu as portas ao público para inaugurar a exposição […]
Ler maisA vida é puta: ou a poesia face à iminência da morte
1. Vinte e cinco anos depois da sua estreia, o filme Se7en – Sete Pecados Mortais, com realização de David Fincher, continua a […]
Ler maisQuem da pátria sai a si mesmo escapa?
1. Há uma ideia solenemente repetida, e com profunda e misteriosa razão (dessa que nem a própria razão entende), de que os poetas […]
Ler maisUm osso exposto fractura quem o vê (Caderno da Residência, nº 3)
2 de Agosto, Montemor-o-Novo / 5 de Agosto, Nine (15:16) A explosão nuclear na cidade de Beirute impressiona-nos por um terrível efeito […]
Ler maisEquívocos, dissensos, desvios (Caderno da Residência, n.º 2)
1 de Agosto, Montemor-o-Novo (tarde) Galerias, museus, salas de espectáculo – espaços afins nunca foram propriamente a minha praia. Não por desinteresse, muito […]
Ler maisA fundar distâncias (Caderno da Residência, n.º 1)
27 de Julho, Montemor-o-Novo (16:40) As coisas acontecem. É uma frase banal, banalíssima, sem aparente motivação interior para demais desdobramentos e indagações. Dizemo-la […]
Ler maisAntónio Barahona: outra vez um menino já depois de velho
É dia da criança, tudo sol e passarinhos, com as devidas distâncias sanitárias. Há que imaginar grandes relvados abertos, um pouco de água […]
Ler maisO bulldozer do humanismo (apontamentos para nada)
1. “Há um esgotamento em todos os começos. As coisas ligam-se umas às outras por cansaço” (Rui Nunes, O Anjo Camponês, 2020, p. […]
Ler maisO direito ao segredo: lendo José Carlos Soares
O direito ao segredo: porque se é verdade que somos bichos da terra, também é verdade sermos bichos de memória, apesar de tudo. […]
Ler mais