Tag "poema"
Dia do Poeta
Neste dia, meu caro poeta, bem podes andar com os cabelos ao vento. Nas praças, nas praias, ao dobrar uma esquina, ao subir à plataforma do castelo na
Lembrei-me de um poema
Sento-me agora um pouco. Passei o dia de um lado para o outro a tratar de coisas, compromissos, recados, visitas. Soube-me bem passar na Queijaria Central, aqui bem
Todo o amor tem o seu tempo
1. Todo o amor tem o seu tempo, mesmo quando é amor para sempre. Todo o mar, mesmo de rosas, se agita e tem marés, e marés vivas.
É nas encruzilhadas que se travam as batalhas
1 É nas encruzilhadas que se travam as batalhas – grandes e pequenas – e se acende a chama. É nas encruzilhadas que se ateia o fogo, Se
É sempre o leitor que escreve os versos invisíveis do sentido
1. A verdade pode ser dita, porque quem sabe, já sabe; e quem não, não acredita. 2. As palavras, num poema, nem precisam ter sentido. Basta que tenham
Quando amanhã vires
1. Quando amanhã vires por mero acaso este granito se ele existir fica a saber que o gravei a correr com a alma a doer na palma
Truca-truca
‘Ler jornais é saber mais’. Há, por isso, textos, crónicas, críticas e comentários (alguns de nomes famosos) publicados nos nossos jornais e revistas que não devíamos deixar de
O Rei do Mundo responde ao Poema Indecente com um antipoema
Não… Não era minha intenção nascer no meio dos reis e dos palhaços malabaristas e dos donos destas estradas inócuas. Não… Não… Não… Não era minha intenção ser
Não gosto de poemas
Não gosto de poemas, porque me fazem espirrar. Eles fazem-me cuspir sangue que não é meu, recitar orações subordinadas pouco valiosas, dançar uma valsa com um destino que
Falhar com verdade
1. No Natal de 1996, o meu pai deu-me como presente a antologia Primeiro Livro de Poesia, organizada por Sophia de Mello Breyner Andresen. Já antes havia recebido
A brutalidade da minúcia: instantâneos a partir de Rui Nunes
[luz] Há palavras que irradiam uma “luz malevolente” (A Boca na Cinza). Uma malignidade luminosa é aquela que desapropria um corpo, um objeto, um lugar, um livro, da
Raias Poéticas, 7ª ed – 2018 | A poesia, o poema, o poeta: interrrogação, rodopio, transformação
A poesia, no meu sentir, ondula como eterna interrogação, uma inquietação que tem de ser derramada, como um processo de transformação que alimenta, fortifica, mas que não deixa de
esquerdo direito um dois esquerdo direito um dois
esquerdo direito um dois esquerdo direito um dois e a florista o carteiro a recoveira o barbeiro o boticário a seraninha das castanhas (fogareiro barro arames panelas velhas) todos
Quatro poemas de visitação a Marrakesh
Jardim de Ménara e devagar fomos chegando pelas ruas e múltiplas portas da cidade cor rosavelho aromatizada de especiarias de incensos e véus inesperados ao longe enquadrando o imenso jardim
O limão fruto do mês
No tópico a penumbra limita o céu a deus a mesma paragem passa em liberdade suave textura a mulher tarde horizontal de estrutura espessa o género substantiva camada
Dizer adeus às coisas
Tanta coisa depende daquilo que decidimos escrever no início de um texto. Houve alturas em que uma folha em branco me deixava em pânico. Um pânico absoluto, paralisante:
Do que nós precisávamos era de uma salva de palmas no final de cada sonho
Do que nós precisávamos era de uma salva de palmas no final de cada sonho e de assobiar com os dedos, de assobiar com os dedos como faziam