TUB | Frota elétrica sim, frota elétrica afinal não. Decisão da autarquia desilude Pedro Augusto

TUB | Frota elétrica sim, frota elétrica afinal não. Decisão da autarquia desilude Pedro Augusto

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Pedro Augusto, do Movimento Braga para Todos, afirma que o recente anúncio, por parte do executivo municipal bracarense, da aposta em veículos movidos por combustíveis fósseis para a muito aguardada renovação da frota de autocarros dos Transportes Urbanos de Braga “vem colocar o último prego no caixão da ilusão de mobilidade sustentável em Braga, antiga bandeira do Presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio.”

 

 

De acordo com este movimento político, desde 2013 que “os bracarenses assistem a um desfile de intenções em tornar Braga uma cidade modelo da mobilidade sustentável e inclusiva, dando seguimento às recomendações e exemplos das melhores práticas europeias (…) e que promovesse e incentivasse a mudança para os modelos de transporte mais sustentáveis.”

Pedro Augusto retoma o assunto da aquisição da nova frota (parcial) para os TUB, em Braga, lamentando até aqui nada ter acontecido. “Perante a possibilidade de aquisição de autocarros cofinanciados a fundo perdido em 85% da diferença de preço para os equivalentes a diesel, o presidente Ricardo Rio dá-nos a saber que os autocarros elétricos ainda não dão garantia de fiabilidade de serviço, pelo que a aposta será em autocarros movidos a gás natural.” E continua, reforçando: “De uma penada, sem fundamentação para além da opinião de Manuel Oliveira, Presidente da Arriva Portugal, que em Junho de 2018, no seu “Pequeno Almoço com…” nos Transportes Urbanos de Braga, afirmou que os autocarros elétricos ainda não correspondiam às necessidades dos serviços prestados pelas empresas de transportes públicos de passageiros”.

A tais argumentos, Pedro Augusto contrapõe que esta decisão vai “em contracorrente com  demonstrações de viabilidade em cidades de todo o mundo, desde Oslo, [capital da] Suécia (que definiu 2020 para acabar com os combustíveis fósseis na sua frota de transportes públicos, com poupança de até 105 milhões de euros em dez anos), até Shenzhen, na China, com a sua frota de autocarros 100% elétrica, num total de 16.359 veículos.”

Para Pedro Augusto, “a futura compra de autocarros a gás natural sublinha a falta de prioridade a considerações éticas, como o combate às consequências do aquecimento global e a preservação do meio ambiente, tendo em conta as nefastas emissões por queima do gás natural e as suas origens variadas, que podem incluir técnicas de extração por via de fraturação hidráulica – fracking. A técnica do fracking, como se sabe, é proibida na maior parte da Europa devido às consequências terríveis para os lençóis de água, entre outras.” E reforça: “Comparemos a opção do Executivo Municipal [bracarense] pelo gás natural com a alternativa elétrica, que tem origem nacional e é, na sua maior parte, renovável.”

De acordo com o dirigente do Braga para Todos, “resta-nos o critério económico”. Mas Pedro Augusto considera que, só por si, este “é dificilmente defensável, dada a possibilidade de financiamento público da diferença de preço entre um autocarro elétrico e o seu equivalente a diesel, acrescidos dos custos de operação de um veículo elétrico, que são uma fração dos custos de operação de veículos propulsionados por motores de combustão interna, o que os torna mais económicos desde o início operacional.”

Pedro Augusto conclui, deixando no ar a questão: “Para quando uma mobilidade sustentável em Braga?”

 

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Fonte: Braga para Todos.

 

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Categorias: Política, Sociedade

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