Um ano de PSD em Barcelos

Um ano de PSD em Barcelos

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Faz um ano que a Coligação Barcelos Mais Futuro conquistou a Câmara Municipal de Barcelos, coligação que tinha como cimento principal apear do poder o todo poderoso PS de Miguel Costa Gomes.

Ao contrário (bem ou mal) do que a Comissão Política de Secção tinha decidido – depois de, no seu tempo, ter sido eleita com uma “coligação negativa de circunstância”, com muitos galos para um só poleiro e tendo como único e objectivo retirar o poder ao anterior líder da concelhia, em fim de mandato – Rui Rio, à altura Presidente Nacional do PSD, avocou o processo de candidatura autárquica de Barcelos, designou o candidato à Presidência da Câmara e avalizou a Coligação PSD/CDS, com o apoio do Movimento Barcelos Terra Futuro.

O certo é que o PSD voltou ao poder em Barcelos, embora só o tenha conseguido através dos votos do BTF, o verdadeiro challenger e vencedor das eleições.

Neste primeiro ano de mandato, apraz dizer que o elenco camarário tem conseguido, profissionalmente e com clareza, fazer uma estupenda gestão de expectativas, sem – e muito bem -, escudar-se em desculpas e culpabilidade do anterior executivo.

Uma gestão diária assertiva, um planeamento com responsabilidade, um controle financeiro exemplar.

Tem a apresentar:

  • a viabilidade de finalmente iniciar o fecho da circular urbana;
  • o Projecto “Novos Caminhos” que consiste na erradicação no Concelho dos caminhos em terra batida;
  • a recuperação das vias de trânsito na margem sul, há muito reivindicadas pela população, em especial de Remelhe e Negreiros;
  • a adjudicação dos campos de treino, no Estádio Cidade de Barcelos;
  • uma atenção especial à cultura e aos Caminhos de Santiago;
  • um financiamento isento às freguesias, independentemente das cores partidárias.
  • iniciativas sociais e recreativas visando a juventude e a terceira idade;
  • uma atenção especial ao rio;
  • entre outras.

Contudo, nem tudo correu bem. Existem situações que, futuramente, podem contrariar as expectativas criadas: inações, recuos, precipitações desnecessárias.

Para início de mandato, está muito bem. Esperemos agora as reformas estruturantes que o Concelho necessita. A descentralização de competências vai ser uma oportunidade de reinvenção, para a Câmara e as Uniões de Freguesia e Freguesias.

Porém, neste momento, a maior preocupação será, sem dúvida, aqueles cidadãos com maior dificuldade, que necessitam de apoio, tanto da Câmara como da sociedade civil. Tenho a convicção que Mário Constantino, o Presidente da Câmara, está atento a esta situação e saberá seguir em proporção os passos dados por Carlos Moedas, em Lisboa, e Carlos Carreiras, em Cascais.

Não podia deixar também de ter uma palavra para com a União de Freguesias de Barcelos, Vila Boa, VFS. Martinho e S. Pedro, onde o PSD também é poder pela 2ª vez em democracia – contrariando muitas das opiniões de alguns social-democratas que gostariam de ver esta UF à deriva, quais hienas à espera de um repasto -, em partilha com a presidência do PS, que tem cumprido excepcionalmente aquilo a que se propôs, anuindo a muitas ideias e propostas do PSD, muitas delas do programa eleitoral de 2017, apresentadas com toda a convicção, dedicação e sentido de serviço público, pelo representante do PSD no executivo, Nelson Ferraz, conhecedor da realidade política, sócio-económica e social destas freguesias.

Assim vale a pena estar na política.

Uma nova Comissão Política de Secção ou talvez não?

Após as eleições internas concelhias do PSD em Barcelos, com lista única, repito o que disse num outro artigo aquando do último Congresso do PSD, no Porto, que elegeu Luís Montenegro como Presidente do Partido Social Democrata e os companheiros Barcelenses Adélio Miranda, José Santos Novais – Ex-Presidente da Comissão Política de Secção, Ex-Vice-Presidente da Comissão Política de Secção, eleitos para os órgãos nacionais, e Felix Falcão reeleito para o órgão nacional que já esteve em tempos anteriores, cito:

“…….. falar do novo futuro do PSD em Barcelos, com esta nova Direção Nacional do PSD.

O tempo é de, como o novo Presidente do PSD disse, formalizou e cumpriu, pacificação, agregação, unidade e cerrar fileiras.

Para quem esteve no Congresso e ouviu, é bom ter os tímpanos bem limpos, e começar a agir em conformidade.

Convém realçar para alguns que Rui Rio é passado, o presente merece que todos façam o seu melhor, para o bem comum, humildade, serenidade, mas em especial evitarem-se tiques DDTs, pois hoje somos nós, amanhã serão outros…………………

Há que aproveitar esta mudança de ciclo político no Partido Social Democrata como alavanca para um novo PSD em Barcelos. Uma nova forma de fazer política partidária. (05-07-2022)”

Por motivos de ausência, para o merecido descanso, foi de todo impossível a presença, na tomada de posse da nova Comissão Política de Secção do PSD em Barcelos, pelo que desde já endosso as minhas felicitações e votos de sucesso à agora actual Comissão Política.

Pelo que vi:

Fiquei com dúvidas por que motivo a tomada de posse aconteceu no auditório da Biblioteca Municipal e não na própria casa ou no local ultimamente utilizado (um espaço de hotelaria de Barcelos).

Sem desprimor pessoal, intelectual, profissional ou político pelos presentes, o que vi foi o elenco camarário em peso, num acto político partidário. Nada de mal vem ao mundo, com os convites e presença de políticos, nomeadamente de outras forças partidárias, ao estilo Congresso, mas há que demonstrar a não existência de circuito fechado mas sim abertura à sociedade civil.

Contudo, não esperava tão cedo a mistura PSD/Câmara/Câmara/PSD. Alertei para a possibilidade deste facto acontecer. Para quem conhece a realidade antiga, há nesta situação uma sensação de dejá vu, ou seja, um regresso aos erros do passado que penalizaram tanto o último elenco governativo camarário do PSD quanto o último mandato socialista na Câmara Municipal de Barcelos.

Há que forçosamente, e com uma clareza divina, manter as águas separadas à luz da população Barcelense.

Pelo que ouvi:

Os tiques que falei de DDTs foram uma realidade nos discursos da tomada de posse, pois perpassou a ideia do ‘quem está connosco tudo bem, quem tem ou teve voz crítica o veto ou a porta são a serventia da casa’, muito ao estilo, escola e linha de pensamento de Rui Rio.

Espero com toda a sinceridade que tenha sido uma má percepção da minha parte, mas vou estar alerta e, no devido local – assembleia de militantes -, exprimirei sempre a minha opinião, sempre com espírito construtivo, mas sempre sufragando o mandato camarário, pois o PSD de Barcelos tem que ter voz própria, não pode nem deve ser acrítico, muito menos uma extensão ou departamento da Câmara Municipal de Barcelos.

Continuar a Acreditar

Tenho a convicção que as palavras do Presidente da Comissão Política Nacional do PSD, Luís Montenegro, serão ouvidas e cumpridas – pacificação, agregação, unidade e cerrar fileiras –, pois só assim os Barcelenses continuarão a Acreditar.

Creio profundamente que o PSD de Barcelos e os seus militantes estarão à altura dos desafios que se avizinham.

Pela parte que me toca, continuo a Acreditar na capacidade deste elenco camarário servir com dedicação, responsabilidade e muita convicção a população Barcelense, cumprindo o seu principal objectivo: melhorar a qualidade de vida e bem-estar dos nossos concidadãos.

Abraço

Não à extinção da União de Freguesias de Barcelos

O novo PSD de Luís Montenegro

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Categorias: Barcelos, Crónica, Política

Acerca do Autor

António Manuel Reis

António Manuel Reis, nasceu em Barcelos a 07-10-1963. Concluiu em 1985, o curso na área de tinturaria têxtil UM/Mazagão. Formação em colorimetria, recursos humanos, automatização, sistemas de qualidade ISSO, planeamento, processos, produção. Industrial Têxtil de 1996 a 2009. Dirigente desportivo 1998 a 2004.Gestor empresarial de 2010 a 2013. Concluiu curso de formação de formadores em 2014. Trabalhador independente Real Estate Consultan 2018. Em curso, Licenciatura Ciências Sociais e Ciência Politica. Militante da JSD desde 1978/ Militante PSD desde 1981, delegado e Observador a Congressos, Delegado CPD, TSD, Membro da CPS, candidato a Presidente de Junta da UF Barcelos, deputado a UF. Candidato á Presidência da CPS. Membro independente da UF Barcelos. Partido Aliança em 2018.

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