Legislativas | A crise vem por aí!?

Legislativas | A crise vem por aí!?

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Dizem que vem por aí mais uma crise económica. Com certeza que virá. Até porque as crises sociais resultantes de crises artificiais são condição cíclica da História.

Fazem parte integrante de um conjunto de dinâmicas acumuladas em que os interesses em disputa atingem picos a exigir soluções imediatas. Que, como diz um amigo: “É da vida! Temos pena!…”

Acontece que a conjuntura económica nacional ou internacional é rigorosamente a mesma para todas as soluções políticas que se consigam encontrar, por mais  diferentes que sejam.

A diferença encontra-se nas soluções adotadas pelas organizações da  direita política e as soluções adotadas pelas organizações da esquerda política e que resultam, ideologicamente, na forma como equacionam as soluções para essas dificuldades:

A direita entende que a solução é a austeridade independentemente das consequências;

A esquerda entende que a solução passa pelo aumento do consumo, com as consequências inerentes que são a de um maior equilíbrio e justiça na distribuição do PIB interno em articulação com as diversas conjunturas económicas internacionais.

Ademais, a crise que se adivinha é uma crise provocada pelo setor financeiro em disputa intestinal entre a posse das matérias primas e a posse da moeda circulante.

Se uns querem acumular riqueza, os outros querem a circulação de mercadorias porque é dessa circulação (produção / consumo) que lhes advém a mais valia.

O centro político tenderia a convergir soluções de curto prazo que já tiveram o seu tempo no tempo da História, mas que na atualidade já não produzem qualquer resultado face à organização económica e social existente.

O cidadão comum, que só tem a força de trabalho como algo de transacional, converge o seu interesse na partilha equitativa do resultado do seu trabalho seja ele qual for: intelectual ou laboral.

Podem escolher o modelo político que entenderem. Aquilo de que não abdicam é de viver.

E, o ato de viver que é o vértice central de todas as dinâmicas sociais e políticas, não abdica dos direitos elementares que lhe asseguram essa condição.

Por isso, bem podem os oportunistas que invadiram a vida política dar as cambalhotas que quiserem que em tempo algum conseguirão matar metade da população mundial para que a conjuntura internacional lhes seja favorável no sentido lato dos seus interesses, que é o de que a pobreza monetária e intelectual seja generalizada de forma a exercerem o poder como o fizeram até finais do século passado.

A História nunca se repete e as novas gerações tem necessidades quotidianas que não se compadecem com políticas miserabilistas.

Tudo o resto é mera retórica em torno de nada.

 

Imagem: Robert Metz

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Categorias: Política

Acerca do Autor

António Fernandes

António da Silva Fernandes nasceu em 1954, em S. José de S. Lázaro e reside atualmente em S. Mamede de Este, em Braga. É chefe de serviços da Alcatel. Como dirigente associativo, esteve e/ou está envolvido com: ACARE; GETA; Academia Salgado Zenha; Academia Sénior Dr. Egas; Associação de Pais da Escola Dr. Francisco Sanches; APD - Associação Portuguesa de Deficientes; Associação de Solidariedade Social de Este S. Mamede. Ao longo da sua vida, desenvolveu atividade política no MDP/CDE; JCP; PCP; LIESM-Lista Independente de Este S. Mamede; Comissão Política do Partido Socialista - Secção de Braga; Clube Político do Partido Socialista - Secção de Braga. Na política autárquica, desempenhou funções na Assembleia de Freguesia e no Executivo da Junta de Freguesia de Este S. Mamede. Desenvolve atividade na escrita: Poesia em antologias nacionais e plataformas digitais; Artigos de Opinião em Órgãos de Comunicação Social local e nacional, em suporte de papel e digital quer em blogues quer em Órgãos da Comunicação Social escrita. Colaborador na Rádio: R.T.M. (Solidariedade); Antena Minho (Cumplicidades).

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