FCM | CPS. Regresso aos acontecimentos plásticos do Movimento Surrealista em primeira grande exposição

FCM | CPS. Regresso aos acontecimentos plásticos do Movimento Surrealista em primeira grande exposição

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A Fundação Cupertino de Miranda apresenta, de 1 de junho a 8 de setembro, a exposição temporária O Surrealismo na Coleção Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, que conta com um empréstimo de quase 60 obras surrealistas portuguesas pertencentes ao Museu Calouste Gulbenkian – Coleção Moderna.

 

 

A exposição inaugura o Centro Português do Surrealismo – um espaço único do género na região com uma área global de cerca de 400 metros quadrados – , que acolhe neste momento mais de 3 000 obras na sua coleção, atualmente uma das mais importantes coleções de arte surrealista em Portugal.

Mas o Centro Português do Surrealismo nasceu muito antes. O processo iniciou-se quando João Meireles, genro de Arthur Cupertino de Miranda, o bancário capitalista natural da freguesia do Louro, comprou uma parte da coleção do artista Cruzeiro Seixas e a doou à instituição. Aos poucos e poucos, o acervo surrealista foi crescendo. A primeira exposição surrealista seria apresentada nos anos 90, sob o título “Surrealismo e não”. Algum tempo depois nasce então o Centro de Estudos do Surrealismo, coordenado há mais de 15 anos pelo professor Perfecto E. Cuadrado.

A Fundação Cupertino de Miranda pretende com o Centro Português do Surrealismo transformar um espaço fechado e académico – a imensa maioria da população famalicense nunca lá entrou – num espaço público com mais forte expressão mediante a realização de grandes exposições e com forte impacto mediático.

Reunindo pintura, escultura, desenho, fotografia e gravura, O Surrealismo na Coleção Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian inclui obras de mais de uma dezena de artistas portugueses, num total de quase 2 centenas de obras, entre os quais António Pedro, António Dacosta, Marcelino Vespeira, Fernando de Azevedo, Cruzeiro Seixas, Fernando Lemos, Mário Cesariny, Paula Rego, João Cutileiro ou  Nadir Afonso, entre muitos outros, possibilitando revisitar as obras ligadas ao Movimento Surrealista da coleção da Calouste Gulbenkian e regressar aos acontecimentos plásticos desse período.

Para o presidente do Conselho de Administração da Fundação Cupertino de Miranda, Pedro Álvares Ribeiro, “esta exposição representa um estímulo à investigação e compreensão, quer de atitudes, quer de pensamentos, levados a cabo por autores que desafiaram a situação social e política da época, demonstrando audácia, inteligência e liberdade.”

Por sua vez, a diretora do Museu Calouste Gulbenkian, Penelope Curtis, refere que esta exposição apresenta algumas das obras “mais significativas que podem ser definidas simultaneamente como surrealistas e portuguesas”. Para a responsável “esta primeira iniciativa ajudará a solidificar um conhecimento mais aprofundado dos parâmetros do Surrealismo em Portugal, não só na sua forma concreta, mas também como linguagem artística, que merece mais investigação e um apreço mais profundo”.

Acompanha a exposição um catálogo onde estão reproduzidas todas as obras expostas e um vasto núcleo de obras da Coleção Moderna, num total de 197 imagens. Os textos de apresentação são de Pedro Álvares Ribeiro e Penelope Curtis, havendo ainda um ensaio de António Gonçalves e Perfecto E. Cuadrado e um outro de Laura Mateus Fonseca.

A mostra pode ser visitada de segunda a sexta-feira das 10h00 às 12h30 e das14h00 às 18h00, aos sábados e feriados das 14h00 às 18h00. A entrada é livre.

 

 

Imagens: Centro Português do Surrealismo (1 e 2) Eduarda Alves/Fundação Calouste Gulbenkian (divulgação); Catálogo da Exposição O Surrealismo na Coleção Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian (FCM; divulgação).

 

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Categorias: Cultura

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