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Na Palestina, a guerra a que estamos a assistir na Faixa de Gaza é, nada mais nada menos, que a prática da bíblica máxima do ‘olho por olho, dente por dente‘ – a vingança como modo superlativo de adoração.
Pouco há a esperar de bom de quem se afirma como povo eleito e não aprendeu absolutamente nada com a sua própria experiência. Pelo número de mortos e de feridos (homens, mulheres, idosos, crianças inocentes) não consigo vislumbrar-lhes um pingo de empatia pelo outro, nem sequer misericórdia e muito menos amor.
Mesmo na guerra, direito à defesa não é direito à vingança
Se uns são terroristas – os palestinianos do movimento Hamas -, estes – os soldados de Israel – cometem o sacrilégio de agirem em nome dos seus egoísmos e das suas tóxicas grandezas. De que, como habitualmente, ficarão impunes até à eternidade. O direito a defenderem-se não lhes deveria permitir o exercício da malignidade tal e qual como a exercem, sem remorso, sem arrependimento e com a arrogância de quem, sendo mais forte e dispondo de recursos quase ilimitados, se entrega ao assassinato dos outros com o frenesim que lhes dita a sua peculiar desumanidade.
Imagem: Tinh Tran le Thanh / Fine Art America (ed VN)
Obs: texto previamente publicado na página facebook de Amadeu Baptista, tendo sofrido ligeiras adequações na presente eddição.
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