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Convém lembrar banalidades que estamos fartos de saber. Somos um país varrido a salário mínimo, um país onde os salários médios são pouco mais do que miseráveis e não conhecem qualquer aumento desde há dez anos, em média. Lembremos os salários da chamada função pública.
Somos um país relativamente pobre, é verdade, mas a distribuição da riqueza é muito desigual e as sinecuras abundam e lambuzam-se com abundantes fatias do orçamento.
Além disso, em Portugal, a corrupção é um polvo muito bem dissimulado, aparentemente impenetrável, uma máfia que se passeia alegremente e que, ainda por cima, goza com o parceiro.
É evidente que assim não vamos a lado nenhum.
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