Praias balneares | ZERO recomenda cuidado na escolha das praias a frequentar

Praias balneares | ZERO recomenda cuidado na escolha das praias a frequentar

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A Associação ZERO efetuou uma avaliação dos resultados relativos à qualidade das águas balneares na presente época balnear disponibilizados para consulta no Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos e comparou-os com a situação verificada na época balnear passada de 2017 para o mesmo período de tempo.

 

 

Apesar do aumento de zonas balneares em relação a 2017, existindo atualmente 608 praias, 480 costeiras ou de transição e 128 interiores, e dos problemas serem mesmo assim relativamente diminutos e esporádicos, até agora, em 2018, registou-se “um aumento considerável de perturbações de qualidade da água nas praias portuguesas”. O desaconselhamento ou proibição de banhos, mesmo que durante um curto período de tempo afetou 38 praias, na maioria por ultrapassagens de análises aos limites fixados tecnicamente a nível nacional. Trata-se de cerca de 6,3% do total das águas balneares (ver quadro abaixo na nota de imprensa), sendo 20 zonas balneares interiores e 18 costeiras ou de transição. Os casos mais persistentes, com maior número de desaconselhamentos e/ou interdições a banhos, foram os das praias dos ‘Alemães’ e ‘Inatel-Albufeira’, em Albufeira, e Melres, em Gondomar, com três análises associadas a desaconselhamento e interdição.

Em 2017, com base nas análises efetuadas até 15 de agosto, o desaconselhamento e/ou proibição de banhos, afetou 21 zonas balneares.

Salienta a Zero – Sistema Terrestre Sustentável, de acordo com a informação ao público proporcionada pela Agência Portuguesa do Ambiente através da internet, três praias estiveram até agora interditas durante alguns dias pelos Delegados Regionais de Saúde, uma delas na região Minho. São elas Ponte da Barca, no Rio Lima, em Ponte da barca, Praia d’ El Rei, em Óbidos, e Pintadinho, em Lagoa. A zona balnear de Areinho, em Arouca, tem estado sempre interdita desde o início da época balnear por risco de contaminação por Salmonella.

Para além das interdições por níveis excessivos a determinados parâmetros e/ou decretadas pelos Delegados Regionais de Saúde, houve outros casos de interdição de praias como um episódio de poluição no rio Lis que afetou a Praia da Vieira, na Marinha Grande, e que não estão referidos na informação disponibilizada. A ZERO defende “uma melhoria na informação transmitida, apresentando-se todas as situações de interdição e o respetivo motivo.”

Para além dos casos já referidos, entre as zonas balneares, situadas no Minho ou muito próximas, como é o caso da praia do Rio Lima, em Ponte da Barca, onde os banhos foram desaconselhados ou temporariamente proibidos na presente época balnear, até 15 de agosto, contam-se as praias do Pontilhão da Valeta, em Arcos de Valdevez, do Cavadinho, em Braga, das Azenhas, em Vilar de Mouros, Caminha, com 1 notificação de desaconselhamento ou interdição a banhos cada uma.

 

É importante investigar e acima de tudo prevenir contaminação

Da análise dos dados efetuada pela ZERO, esta associação considera ser importante refletir sobre vários aspetos:

  • A maioria das praias onde ocorre o desaconselhamento e/ou interdição a banhos são zonas balneares interiores, mais suscetíveis a descargas ou falta de tratamento de águas residuais, ou praias costeiras com ribeiras ou rios próximos cuja qualidade é afetada por episódios causados por fontes de poluição ou na sequência de contaminação associada a poluição difusa aquando de precipitação intensa, faltando medidas adequadas de controlo;
  • Mais de metade das zonas balneares que sofreram um desaconselhamento ou interdição durante a presente época balnear têm classificação Excelente, devendo portanto tratar-se de episódios esporádicos que, no contexto da legislação, até podem não pôr em causa a sua qualidade, mas que devem ter as suas causas devidamente averiguadas.

Em cada um dos casos é fundamental identificar a origem dos problemas e averiguar responsabilidades, desempenhando a Agência Portuguesa do Ambiente e a Inspeção Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território um papel decisivo.

 

Nenhuma praia ZERO poluição afetada

Nenhuma das zonas balneares abrangidas por interdição ou pelo desaconselhamento ou proibição a banhos é uma das 44 praias classificadas pela associação como praia ZERO (zonas balneares onde não foi detetada qualquer contaminação nas análises efetuadas ao longo das três últimas épocas balneares), o que representa sete por cento do total das 608 zonas balneares em funcionamento em 2018.

Esta análise da Associação ZERO teve em conta os parâmetros da legislação em vigor e concluiu que existem 42 zonas balneares costeiras e duas interiores com ZERO poluição. Os concelhos com maior número de praias ZERO poluição, em 2018, são Torres Vedras (7), Grândola (4), Aljezur e Tavira (3). Em todo o Minho ou zonas adjacentes apenas a praia de Castelo do Neiva, em Viana do Castelo, obteve tal classificação.

As praias ZERO poluição, ao longo das três últimas épocas balneares, não só tiveram sempre classificação “EXCELENTE” como apresentaram valores zero ou inferiores ao limite de deteção em todas as análises efetuadas aos dois parâmetros microbiológicos controlados e previstos na legislação (Escherichia coliEnterococos intestinais) pela Agência Portuguesa do Ambiente.

 

 

 

Fontes: Zero – Sistema Terrestre Sustentável

Imagem de destaque: Praia (António Passos SilvaAn by An)

Outras imagens: Praias [ZERO poluição] (Zero – Sistema Terrestre Sustentável – fotografia).

 

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Categorias: Sociedade

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