Após uma primeira edição em 2015-2016, o ciclo A Dança Dança-se com os Pés que trouxe a Braga alguns dos nomes de maior destaque da atualidade da dança contemporânea está de volta ao Theatro Circo com identidade e personalidade próprias, numa perspetiva de que venha a ser menos um projeto casuístico e mais uma identidade constante na programação da principal sala de espetáculos de Braga. O primeiro espetáculo do novo ciclo A Dança Dança-se com os Pés – Rite of Decay / Rito de Decadência, de Joana Castro – acontece esta sexta-feira, 21 de janeiro, pelas 21h30.
Rite of Decay ‘dança-se’ em torno do corpo e da sua decadência
Projeto a solo de Joana Castro, Rite of Decay é uma dança sobre a morte, ou várias mortes. Nele, a artista parte da ideia da destruição de crenças, de poder, de amor, onde o corpo se cinge à sua própria insignificância e se torna matéria sem alma, entregando-se à gravidade em direção à decomposição e à poeira. Trata-se, por isso, de evidenciar a gestão de um corpo que se desmultiplica noutros, já extintos ou por vir, mas em que, num último discurso, a morte antes de morrer se transforma num lugar de lamento. Em decadência, o corpo expõe-se e falha. No corpo, o tudo e o nada, a persistência e a renúncia, a presença e a ausência, defrontam-se, até ao último momento, na tentativa de reconciliação com o fim e em que o fim do mundo é, assim, representado como uma metáfora para a nossa própria degradação.
Esta «é uma ‘peça-luto’, o lugar onde eu acho que me encontro enquanto pessoa, enquanto artista, e acho que é o lugar onde a dança também deve estar neste momento, não só a dança, mas a arte e a cultura no geral, nestes momentos conturbados que vivemos em Portugal, em que a arte e a cultura passam momentos um bocado complicados», explica a coreógrafa.
Rite fo Decay teve estreia no Guidance, em Guimarães, em 2020, após ter começado a ser pensado cerca de 2 anos antes.
Joana Castro, coreógrafa do ‘próprio tempo’ e do ‘micromundo’
Aquando, ainda, da preparação de Rite of Decay, Joana Castro referiu-se à “luta constante” que tem vindo a travar, no esforço de criar as suas peças no seu “próprio tempo”, dentro das suas “necessidades e urgências, e não refém de um produto acabado e pronto a ser consumido”, apontando o questionamento que coloca no seu “micromundo”, mas também na “macro escala” da sua relação com os outros e da sua visão do mundo.
Esta sua sua nova criação acaba por ser um “lugar de manifesto e de luto, pensando a morte enquanto reestruturação” e “reformulação de existências”.
Trabalho internacional e colaborativo de Joana Castro
Joana Castro desenvolve o seu trabalho entre a dança, a performance e o som, apresentando os seus projetos em Portugal, Bélgica, França e Alemanha.
Como performer colaborou com Carlota Lagido, Joclécio Azevedo, Né Barros, Joana Providência, Victor Hugo Pontes, Trisha Brown Dance Company em Early Works, Juliana Snapper, Ana Borralho e João Galante, Bruno Alexandre entre outras.
Bilheteira:
M16 – 12,00€ (desconto de 50% para alunos de Escolas de Dança ou Artes Performativas)
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Imagem de destaque: Pedro Pinheiro
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