Cibercrime, a maior preocupação das empresas em 2022

Cibercrime, a maior preocupação das empresas em 2022

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Os riscos de cibercrime são a principal preocupação para as empresas em 2022, em Portugal, mas também em todo o mundo, salienta o Barómetro de Risco da Allianz (Allianz Risk Barometer). A ameaça de ataques ransomware  – o tipo de ataque informático a que a Impresa, proprietária da SIC, Expresso e Blitz, entre outras publicações, foi sujeito ainda muito recentemente e em que os hackers assumem o controlo total das páginas e servidores e exigem uma quantia avultada de dinheiro em troca das informações roubadas ou do acesso aos sites – preocupa as organizações empresariais e instituições mais do que as disrupções nas cadeias de abastecimento, os desastres naturais ou a pandemia de Covid-19, temas que afetaram fortemente os negócios ao redor do mundo inteiro no último ano, conforme pode ser verificado no ranking de preocupações empresariais realizado pela Allianz Global Corporate & Specialty (AGCS) – líder global em seguradoras corporativas e uma das mais importantes unidades de negócios do Allianz Group.

Os Incidentes cibernéticos encontram-se, assim, no topo do Barómetro de Risco da Allianz  pela segunda vez em toda a história da pesquisa (44% das respostas). Seguem-se os Lucros cessantes (42%) e as Catástrofes naturais em terceiro lugar da lista de preocupações empresariais (25%), depois de um sexto lugar em 2020. As Mudanças climáticas sobem para a posição mais alta até hoje no ranking (6° lugar, com 17%), enquanto um novo Surto pandémico cai para quarto lugar (22%).

Resiliência cada vez mais uma vantagem competitiva para as empresas

“Para a maioria das empresas, o maior receio é não conseguir produzir os seus produtos ou entregar os seus serviços. Em 2021 testemunhamos níveis sem precedentes de interrupção, causados por diversas circunstâncias que espoletaram tal impossibilidade. Ataques cibernéticos incapacitantes, o impacto na cadeia de abastecimento decorrente de eventos relacionados com as mudanças climáticas, bem como problemas de fabrico relacionados com a pandemia e constrangimentos no transporte estiveram entre as causas de prejuízos. Este ano promete uma flexibilização gradual da situação, embora outros problemas relacionados com a Covid-19 não possam ser descartados. Desenvolver resiliência contra as muitas causas de interrupção nos negócios está a tornar-se cada vez mais uma vantagem competitiva para as empresas”, destaca Joachim Mueller, o CEO da AGCS, cujo estudo, aqui sintetizado, abrange a visão de 2.650 especialistas em 89 países e territórios, incluindo CEOs, gestores de risco, corretores e especialistas em seguros.

Portugal muito preocupado com cibercriminalidade

Os Incidentes cibernéticos estão entre os três principais riscos na maioria dos países pesquisados. Um dos principais fatores para esse facto foi o aumento dos ataques globais de ransomware, que os entrevistados (57%) confirmam ser a principal ameaça cibernética para 2022. De acordo com a Check Point Research (CPR), a área de ‘inteligência de ameaças’ da Software Technologies da Check Point, no ano passado em Portugal uma empresa foi atacada, em média, 881 vezes por semana, um aumento de 81% face a 2020. O pico dos ataques foi em dezembro e os setores mais atingidos foram educação, saúde e administração pública ou militar.

Phishing e ransomware na lista da frente dos crimes informáticos

“Com o aumento dos incidentes cibernéticos, muitas empresas portuguesas precisam estar atentas às tendências de risco para este ano e além, como campanhas de phishing mais agressivas e tentativas de ransomware. O trabalho remoto e a digitalização de muitos sistemas e atividades diárias continuam a ser uma vulnerabilidade para empresas de todas as dimensões”, explica Giuliano Maisto, Diretor de Linhas Financeiras AGCS Iberia.

Causa mais preocupante dos Lucros cessantes são os incidentes cibernéticos

Os Lucros cessantes aparecem como o segundo principal risco global. Num ano marcado por disrupção generalizada, a fragilidade das cadeias de abastecimento e produção tornou-se mais evidente do que nunca. De acordo com a pesquisa da Allianz, a causa mais preocupante dos Lucros cessantes são os incidentes cibernéticos, refletindo o aumento dos ataques de ransomware, mas também o impacto da crescente dependência das empresas na digitalização e a mudança para o trabalho remoto. Desastres naturais e pandemia são as outras duas importantes causas de interrupção de negócios, na opinião dos especialistas consultados.

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Constrangimento na produção e congestionamento nos transportes de contentores principais fatores de risco em 2021

No ano passado, os problemas de procura pós-confinamento aumentaram as interrupções na produção industrial e na logística, já que os surtos de Covid-19 na Ásia fecharam fábricas e causaram níveis recordes de congestionamento nos portos de transporte de contentores. Atrasos relacionados com a pandemia exacerbaram outros problemas da cadeia de fornecimento, como o bloqueio do Canal de Suez ou a escassez global de semicondutores após o encerramento de fábricas em Taiwan, Japão e no Texas, nos Estados Unidos, por força do clima e de incêndios devastadores.

“A pandemia destacou questões como a interconectividade das cadeias de abastecimento atuais, onde eventos não relacionados criam disrupção generalizada. Ciberataques, problemas logísticos, mudanças nos hábitos de consumo, mudanças climáticas… esses fatores tornam qualquer empresa mais suscetível a uma interrupção nas suas operações”, comenta, por seu turno, José Pedro Gutierrez, Diretor Regional de Patrimóio da AGCS Ibero/Latam.

De acordo com o Euler Hermes Global Trade Report, a pandemia de Covid-19 irá ainda complicar os negócios atendendo a prováveis altos níveis de interrupção da cadeia de abastecimento no segundo semestre de 2022, embora os desencontros na procura e oferta globais e na capacidade de transporte de contentores acabem por diminuir, assumindo que não surjam outros desenvolvimentos inesperados.

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Empresas melhor preparadas para uma [nova] pandemia

Os Surtos pandémicos continuam a ser uma preocupação para as companhias, mas agora caiu da segunda para a quarta posição no ranking global (embora a pesquisa seja anterior ao aparecimento da variante Omicron). Embora a crise do Covid-19 continue a ofuscar as perspectivas económicas em muitos setores, de forma encorajadora, as empresas sentem que se adaptaram bem.

Catástrofes naturais e Alterações climáticas sobem no ranking de preocupações empresariais

A subida dos temas Catástrofes naturaisAlterações climáticas, para terceiro e sexto lugares respectivamente, mostram uma estreita correlação entre essas tendências. Os últimos anos mostraram que, devido ao aquecimento global, a frequência e a gravidade dos eventos climáticos estão a aumentar. Em 2021, as perdas globais por catástrofes seguradas foram bem superiores a 100 mil milhões de US$ – o quarto ano mais alto já registado. O furacão Ida nos EUA pode ter sido o evento mais caro, mas mais da metade das perdas vieram dos chamados perigos secundários, como inundações, chuvas fortes, tempestades, tornados e geadas. Exemplos incluem o sistema climático de baixa pressão Bernd, que desencadeou inundações catastróficas na Alemanha e Benelux, a tempestade Filomena na Espanha, e ondas de calor e incêndios florestais no Canadá e na Califórnia.

Angústia com impacto dos riscos climáticos nas cadeias de valor empresariais

Os respondentes do Barómetro de Risco Allianz mostram-se mais preocupados com eventos climáticos relacionados com as alterações climáticas que causam danos patrimoniais (57%), seguidos pelos Lucros cessantes e Impacto na cadeia de abastecimento (41%). No entanto, estão também preocupados em gerir a transição dos seus negócios para uma economia de baixo carbono (36%), cumprir com complexos requisitos de regulamentação e evitar possíveis riscos de litígio por não tomar medidas adequadas para lidar com as alterações climáticas (34%).

“A pressão nas empresas para agir sobre as alterações climáticas aumentou notavelmente no ano passado, com um foco crescente em contribuições net-zero“, observa Line Hestvik, Diretor de Sustentabilidade da Allianz SE. “Há uma clara tendência das empresas no sentido de reduzir as emissões de gases de efeito estufa nas operações ou explorar oportunidades de negócios para tecnologias climate-friendly e produtos sustentáveis. Nos próximos anos, muitos tomadores de decisão corporativos analisarão ainda mais de perto o impacto dos riscos climáticos nas respetivas cadeias de valor e tomarão as devidas precauções. Muitas empresas estão a desenvolver competências dedicadas à mitigação de riscos climáticos, reunindo especialistas em gestão de riscos e sustentabilidade”.

Maior frequência de riscos climáticos extremos tidos em conta no planeamento dos negócios

As empresas também precisam tornar-se mais ‘à prova de’ eventos climáticos extremos, como furacões ou inundações. “Eventos anteriores que ocorrem uma vez em cada século podem ocorrer com mais frequência no futuro e também em regiões que foram consideradas ‘seguras’ no passado. Tanto os edifícios quanto o planeamento de continuidade de negócios precisam passar a ser mais robustos em resposta a essa mudança”, explica Maarten van der Zwaag, Diretor Global de Consultoria de Risco Patrimonial da AGCS.

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Outros riscos que fazem parte do ranking global do Barómetro de Risco Allianz para 2022

  • Falta de mão de obra qualificada (13%) está em nono lugar. Atrair e reter trabalhadores raramente foi tão desafiador. Os especialistas entrevistados classificam isso como um dos cinco principais riscos nos setores de engenharia, construção, imobiliário, serviço público e saúde, e como o principal risco para o transporte.
  • Mudanças na legislação e regulamentação manteve-se em quinto (19%). Iniciativas regulatórias proeminentes nos radares das empresas em 2022 incluem práticas anticompetitivas voltadas para grandes tecnologias, bem como iniciativas de sustentabilidade com o esquema de taxonomia da União Europeia (UE).
  • Fogo e explosão (17%) são riscos perenes às empresas, ficando em 7º lugar, assim como no ano passado.  Desenvolvimentos de mercado (15%) caiu do quarto para o oitavo lugar e os Desenvolvimentos macroeconómicos (11%) desceram duas posições, ficando em décimo lugar.

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