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Mia Couto recebeu o Prémio Literário Manuel de Boaventura nesta Sexta-feira. A cerimónia no Auditório Municipal de Esposende ocorreu cinco meses após o escritor moçambicano vencer a 3ª edição do concurso. De acordo com o júri do prémio literário, a escolha resultou “da maturidade literária das sua obra «O Mapeador de Ausências»”. O grupo de jurados acrescentou ainda “o cruzamento temporal da realidade moçambicana e a representação do país no período colonial e pós-colonial” como motivos para a atribuição. Apesar das limitações de espaço decorrentes da pandemia, a maioria dos lugares disponíveis encontrava-se preenchida. Ainda assim, o Presidente da Câmara Municipal, Benjamim Pereira, frisou que “noutras circunstâncias, a sala estaria a transbordar”.
Na sua primeira visita a Esposende, Mia Couto descreveu a cidade balnear como “uma preciosidade”. Com uma promessa de regressar, o escritor moçambicano afirmou estar “completamente disponível” para auxiliar a divulgação da literatura e da leitura no concelho. Mia Couto aproveitou ainda para elogiar a arquitectura da antiga casa de Manuel Boaventura. De acordo com o escritor moçambicano, “toda a escrita procura ser casa”. Para além disso, Mia Couto aponta para “a resistência ao tempo” da futura casa-museu. Contudo, o autor de “O Mapeador de Ausências” refere que o elemento mais importante da casa do autor esposendense é a natureza em volta. Nas suas palavras, “o que nos dá um noção do tempo são as árvores, não as construcções”.
Reedição das obras de Manuel Boaventura irá continuar
A intervenção final coube a Benjamin Pereira. Reconhecendo a proximidade às eleições autárquicas, o autarca prometeu “não fazer qualquer elogio à actuação da Câmara Municipal”. Contudo, o autarca reafirmou a “política cultural de valorização e preservação da história do município”. Para esse efeito, Benjamim Pereira confirmou a continuação da reedição das obras de Manuel Boaventura, sendo “Novos Contos do Minho” a próxima a ser publicada.
O autarca aproveitou também para agradecer a Raquel Boaventura Rego, familiar de Manuel Boaventura, que abriu o evento com um espetáculo musical. A cantora esposendense fechou a sua actuação com uma interpretação do poema “Foi para ti” do escritor moçambicano.
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