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António Costa, o Governo e PS merecem um cartão laranja, ainda que…

 

 

O primeiro-ministro António Costa e o Partido Socialista (PS) merecem um cartão laranja. Sim, laranja – não por ser mostrado pelo maior partido da oposição (cujas críticas estão muito longe de serem razoáveis, porque construídas apenas sobre meia realidade e em valores de proposta ainda mais insuficientes na resposta aos problemas da atualidade do que a do Governo – 2,4 mil milhões de euros) -, pelo modo como tem tratado (pelo menos verbalmente) os apoios aos pensionistas num momento em que acaba de introduzir uma série de respostas sociais para combater a inflação. E este será o primeiro cartão que muitos eleitores lhe mostrarão a sério desde que o novo governo tomou posse, apesar dos vários casos até aqui ocorridos, mas que, na prática, têm sido vistos como pecados veniais.

2023 deve ter redução mais baixa

Costa, o Governo e o PS podem até ter  a sua razão na previdência com que estão a agir nos apoios aos pensionistas, por virtude das medidas que estão a tomar para apoiar as populações no combate a essa dor de cabeça que se chama inflação, em julho, de acordo com os últimos dados, situada em 9,1%, e que se espera venha a fixar-se em cerca de 6,8% no final de 2022 e continuar em queda ao longo do ano seguinte, apesar de não haver certezas em relação a esse facto. Na realidade, ninguém conhece o futuro, mas se a inflação voltar para perto de 2% – o que parece improvável neste momento -, os aumentos de pensões atuais, ainda assim, darão ganhos de poder de compra. Se a situação se descontrolar, ou se mantiver semelhante à atualidade, o Governo poderá sempre voltar a abrir os cordões à bolsa.

Contas certas na Segurança Social

Pode, na verdade, haver alguma necessidade de contenção – da parte do Governo, e de Costa, em particular, enquanto seu responsável primeiro -, por ora desconhecida do grande público, porquanto tem vindo a dizer que as finanças da Segurança Social são sustentáveis por muitos anos, atendendo às alterações legislativas introduzidas e que, entre outras, reduziram substancialmente o valor de pensões de futuros reformados e que calculam os valores de indexação das pensões. Aceite-se que, apesar do referido discurso, ‘manter as contas certas’ pode mesmo exigir uma maior redução de pensões futuras e, na verdade, vivemos uma situação tão periclitante, por força da guerra na Ucrânia, que – e embora todos os mais velhos saibam que a vida dá todos os dias as suas voltas – nos impede de calcular com uma margem razoável de segurança o que os próximos anos estarão para nos trazer. Podem, no entanto, ficar dúvidas em relação às contas certas da Segurança Social. E, sobretudo… e aqui reside o ‘ainda que…’, a forma não é de todo a mais correta.

Redução de pensões em 2024 e para lá…

Com o adiantamento de meia pensão já em outubro próximo aos reformados e um aumento de 3,53% a 4,43% no valor das pensões, que em termos numéricos é igual ao aumento que os pensionistas teriam apenas em 2023, António Costa e este Governo do PS garantem uma resposta imediata a quem esteja já a sentir dificuldades, mas garante também uma redução futura no valor das pensões por força da redução do valor a partir do qual são calculadas as atualizações anuais no início de janeiro, caso não proceda a uma antecipação de um novo aumento e atualização para esse valor até final do ano de 2023.

Costa também faz promessas vãs?

E é aqui que a porca torce o rabo: por muito que António Costa afirme que os pensionistas não perderão dinheiro nas suas pensões futuras, pois as mesmas não serão reduzidas como já foram, apesar do que possa ser dito em contrário, a verdade é que o tom do discurso leva apenas a pensar que o Governo não teve tempo – ou não quis – proceder a ajustamentos na fórmula de cálculo para 2023 por já ter prometido aos pensionistas um ‘aumento histórico em 2023‘.

Com este modelo de atuação António Costa, os ministros do seu Governo, em particular Fernando Medina, na área das Finanças, e Ana Mendes Godinho, na área do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, e o Partido Socialista arriscam-se a perder confiança de boa parte do eleitorado. O cartão não é vermelho, mas que tem uma cor bem mais forte que o amarelo, lá isso tem. Além disso, este é o tipo de ações que indispõem e deixam marcas para o futuro.


Imagem: Passos Zamith


‘O Povo votou [Costa] e o PS ganhou’

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