Na Assembleia da República (AR), casa da democracia, esta quinta-feira, o que para mim estava em causa era o reconhecimento, pelo Estado Português, da soberania da Ucrânia enquanto nação, da inviolabilidade das suas fronteiras e, bem assim, a legitimidade do seu Presidente Zelensky.
O dissídio do PCP com os restantes partidos tem a ver com a circunstância de não reconhecer legitimidade democrática ao Presidente da Ucrânia. Embora isso suceda por razões distintas das de Putin, a verdade é que, na prática, no momento em que abandonou o Parlamento, o PCP acaba por legitimar parte dos argumentos daquele e, nesta fase, isso é, a meu ver, politicamente inadmissível.
Democracia destratada na Assembleia da República pelo PCP mas também pela IL
Com a sua ausência na recepção ao Presidente Zelensky da Ucrânia, o PCP acabou por destratar o regime democrático português que, ironicamente, ajudou decisivamente a fundar. As cadeiras vazias materializaram a rejeição das regras democráticas que lhe permitiram votar, em liberdade, contra o convite.
No entanto, este ultrapassar dos limites à esquerda não ficou isolado dado que, à direita, um dos partidos também entendeu que o seu mandato electivo pode ser suspenso sempre que não lhe agrade quem estiver no uso da palavra no Parlamento. Se o PCP lesou gravemente o direito de dar lições sobre democracia, a IL demonstrou que nunca o terá!
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Obs: texto previamente publicado na página facebook de Célia Borges, tendo sofrido ligeiras adequações editoriais na presente edição.
Imagem: Miguel A Lopes / Lusa / Rádio Renascença
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