Pichagens em Braga? Não, obrigado

 

 

A cidade de Braga, ‘Melhor Destino Europeu’ pela segunda vez consecutiva e uma das 20 melhores cidades para se viver em todo o mundo pela sua qualidade de vida, está inundada de pichagens por tudo quanto é canto e esquina, em particular no seu centro histórico. Carlos Dobreira, professor e ativista ambiental, mostra-se indignado com a falta de civismo de alguns bracarenses que se entretêm a estragar o património que não é seu e com o que considera ser a inação do município bracarense em relação ao assunto.

Por isso, este domingo, 28 de março, data em que se evocaram os centros históricos de todo o mundo, “não podia deixar de apresentar uma denúncia, via email, junto do Primeiro-Ministro e do Parlamento Europeu” sobre o estado de desleixo em que se encontra o centro histórico de Braga Cidade Autêntica, para que a cidade possa ser mais limpa e conservada.

Assunto com rara referência na agenda municipal

Assinala Carlos Dobreira, nessas missivas, que “o centro histórico de Braga é um dos mais pichados do Minho, envergonhando o nome da cidade e a sua história”.

O cidadão – nascido na Serra da Estrela mas bracarense por adoção – achou, assim, por bem denunciar “o estado vergonhoso em que se encontra o centro histórico da cidade”, com o objetivo de chegar ao conhecimento da Ministra da Cultura e do Parlamento Europeu, no âmbito da candidatura de Braga a Capital Europeia da Cultura – CEC 2027, dessa forma fazendo alguma pressão no sentido que a cidade possa ser mais limpa e conservada.

“É um assunto com rara referência por parte do atual Executivo Municipal“, o que poderá fazer com que o mesmo não seja muito comentado nos Órgãos de Comunicação Social.

Praga das pichagens abrange todo o concelho

Em tom manifestamente aborrecido, acrescenta Carlos Dobreira que “o atual Executivo Municipal teve oportunidade para fazer algo sobre esta temática mas pouco ou nada fez”. Apesar de assim ser, encontra-se “empenhado em candidatar a cidade de Braga a Capital Europeia da Cultura 2027 (CEC 2027)“, pelo que “constantemente a propõe para títulos”, facto que é considerado ainda “mais grave” pelo desprestígio que pode acarretar para o bom nome da cidade.

Na cidade de Braga, este problema não diz respeito exclusivamente ao centro histórico, alargando-se também aos arredores e mesmo a todo o concelho. O agastado cidadão lembra, por isso, ainda, o caso dos belos painéis em alto relevo, da autoria de Barata Feyo, dessa obra emblemática que é o Estádio 1º de Maio. O preocupado cidadão lembra também o repreensível estado da R. Pedro Hispano (o único papa português até à data), situada na “poluída freguesia” de Palmeira.

Proposta para redução das pichagens no centro histórico bracarense

Carlos Dobreira defende o uso de videovigilância para proteção do Património arquitetónico e urbano mais valioso, salvaguardando os devidos direitos e garantias dos cidadãos. “Poderiam ser instaladas câmaras PTZ e multissensor, assim como a dotação de um servidor de armazenamento suficiente para manter o registo de imagens durante 30 dias”, o que permitiria identificar potenciais agressores do Património.

O cidadão bracarense prevê, entretanto, apresentar ao Presidente da União de Freguesias de Maximinos, Sé e Cividade – onde são visíveis centenas de pichagens em edifícios, mobiliário urbano, sinalização vertical, muros, jardins e monumentos, mas também por ser nesta freguesia que repousam os pais do primeiro Rei de Portugal, respetivamente D. Henrique e D. Teresa – um projeto que, a prazo, poderá vir a diminuir, quiçá mesmo eliminar, o excesso de pichagens na área. Este projeto precisará do apoio da autarquia e visa percorrer todos os estabelecimentos de ensino, desde o pré-escolar, de modo a sensibilizar crianças e jovens em relação ao flagelo das pichagens.

Carlos Dobreira defende igualmente, o recurso a uma campanha de sensibilização em todas as infraestruturas desportivas e culturais, a instituição de um prémio para a freguesia mais limpa do concelho e a divulgação da evolução do projeto, por exemplo, mediante o uso de um autocarro que percorreria os santuários, as universidades e os diversos espaços museológicos bracarenses.

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Imagens: CD

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