Esta montagem de uma capa de catálogo da IKEA, por Alexandre Martins, é genial. Escancara todas as teorias feministas liberais de que o mundo seria mais igual com as mulheres à frente das instituições que sustentam e promovem a desigualdade.
Lagarde, burguesa, narcísica, erotizada e óbvia, numa casa de classe trabalhadora com móveis padronizados, feitos na Índia, e crianças a pular e a gritar. Uma montagem que desmonta a ideia de que pode haver igualdade de sexos na desigualdade de classe, e deixa a ridículo tudo, da IKEA ao BCE, do preço dos juros ao valor, que pode ser da mulher ou do tapete.
É o tipo de humor que me faz rir, pensar. Tudo tão simples, mas também tão complexo…
Imagem: Alexandre Martins
Obs: texto com publicação original no blogue Raquel Varela | Historiadora, tendo sido sujeito a ligeiras adequações editoriais.
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