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Estando completamente fora da política activa, e consoante a minha disponibilidade, vou seguindo a tarefa árdua do elenco municipal de Barcelos. Nesses momentos, vou tentando aferir como estão a ser cumpridas as promessas eleitorais constantes do manifesto eleitoral que levaram à vitória da coligação atualmente no poder, no Concelho.
Passada a introdução dos jobs of the boys, os meninos das bandeirinhas, com curriculum de alta qualidade, à prova de bala e do pequeno circuito fechado, tal e qual o Partido Socialista fez, o que me apercebi é que, com este pouco tempo de governação, mais ou menos 15 meses, o que se tem visto é uma gestão diária à vista, aliada a uma grande gestão de expectativas.
Surgiram algumas medidas pontuais interessantes, já explanadas em artigo datado de 20-09-2022 – Um ano de PSD em Barcelos -, mas que, de forma profunda e estruturante, nada traz a acrescentar ao que veio de trás.
Todos sabemos que o caso da água – relacionado com decisões do anterior elenco governativo que levaram a CMB a litigância jurídica – atrasou sine die, a conclusão da efectivação da água e saneamento em todo o concelho.
Uma das promessas desta nova equipa governativa do município, era precisamente, retomar essa conclusão, iniciando, obviamente, pelo acordo com a concessionária. Até ao momento, muita parra e pouca uva.
Este dossier, encontra-se de forma específica e perentória, publicamente na mesma situação que se encontrava antes da vitória desta coligação.
Salvo uma ou outra via rodoviária, como é o caso de Remelhe e Negreiros, todas as que se encontram no contrato de manuetnção e da responsabilidade da concessionária continuam numa situação lamentável, pese embora o esforço do município barcelense que vai tentando aqui e acolá proceder a uns remendos. Já agora, é com satisfação que deduzo que o dossier da terceira ponte sobre o Cávado ficou na gaveta por muito tempo.
O fecho da circular urbana no nó de Stª. Eugénia, tendo já o visto de aprovação da Infraestruturas de Portugal (IP), desde abril do passado ano, encontra-se emperrado devido a problemas de expropriações que há muito deveriam estar solucionadas, continuando infelizmente, também poucos passos à frente do que estava anteriormente. Oxalá se consiga desbloquear os entraves.
A supressão das passagens de nível, mais uma das promessas, vai sendo levada a bom porto mas muito ao jeito do devagar devagarinho, das 14 passagens de nível que carecem de intervenção e que foram apresentadas à IP, somente 4, na margem sul do concelho, têm acordo para adjudicação, faltando agora o concurso público e as respectivas expropriações. A acompanhar os próximos episódios.
A circular verde e ciclovia são um erro de análise e um erro de síntese, mas sobretudo um erro de concepção.
Na minha opinião, nunca deveria ter avançado, muito menos nestes moldes – Barcelos nunca será a Amsterdão das bicicletas. Criar condições de mobilidade na via rodoviária para a evolução dos velocípedes seria talvez a melhor solução. Nem sempre a descarbonizacão e os factores climáticos levam a boas decisões.
Talvez fosse melhor opção, desde logo, iniciar o troço respeitante ao concelho que fará a ligação ribeirinha entre Prado e Esposende.
O Rio Cávado continua como dantes, quando fui candidato à UF de Barcelos. Em 2017, a minha equipa propôs que na ausência das decisões das Hídricas e dos proprietários, a CM Barcelos deveria, acautelando juridicamente a sua acção, proceder à reparação dos açudes. Até à data, tudo está igual ao passado. Reparação para quando?
Relativamente ao Hospital, conseguiu-se um pequeno avanço. A criação de um grupo de trabalho, em junho de 22, impulsionado pelo Ministério da Saúde, com prazo de duração de 12 meses, para aferir de todas as necessidades inerentes à sua construção.
Normalmente, em Portugal, quando não se quer fazer algo, criam-se comissões e grupos de trabalho. Oxalá não seja este o caso! Contudo, nesta data, tudo igual como dantes. Barcelenses e Esposendenses, aguardam por boas notícias.
Barcelos tem um enorme problema – estacionamento.
Nao pode nem deve pensar-se somente em retirar as viaturas da cidade. Têm que se criar zonas de parqueamento, tanto no centro da cidade, como nas periferias.
No programa em que a minha equipa se apresentou na candidatura à UF Barcelos, em 2017, propusemos, juntamente com a criação dos transportes públicos urbanos (BarcelosBus), estacionamento gratuito na periferia, dando como exemplos o terreno a norte, desde a ponte de caminho de ferro até ao terreno da rotunda das pirâmides e, em Arcozelo, os terrenos junto a Cooperativa Agrícola.
Em complemento, seria também de pensar na alteração do sentido da circulação em algumas vias da cidade e malha urbana.
Uma situação interessante na actual conjuntura seria aproveitar o plano existente da criação de estacionamentos subterrâneos no Campo da Feira, Av. da Liberdade e Campo de S. José, como existem em todas as cidades desenvolvidas.
Finalizando: Barcelos está onde sempre esteve. Convém acelerar, para fazer a diferença. Não chega gerir expectativas, pois estas têm prazo de validade muito curto.
Acredito que são capazes de fazer mais, e melhor.
Bom ano de 2023 para todos os leitores e respectivas famílias e amigos.
António Manuel Reis, nasceu em Barcelos a 07-10-1963. Concluiu em 1985, o curso na área de tinturaria têxtil UM/Mazagão. Formação em colorimetria, recursos humanos, automatização, sistemas de qualidade ISSO, planeamento, processos, produção. Industrial Têxtil de 1996 a 2009. Dirigente desportivo 1998 a 2004.Gestor empresarial de 2010 a 2013. Concluiu curso de formação de formadores em 2014. Trabalhador independente Real Estate Consultan 2018. Em curso, Licenciatura Ciências Sociais e Ciência Politica. Militante da JSD desde 1978/ Militante PSD desde 1981, delegado e Observador a Congressos, Delegado CPD, TSD, Membro da CPS, candidato a Presidente de Junta da UF Barcelos, deputado a UF. Candidato á Presidência da CPS. Membro independente da UF Barcelos. Partido Aliança em 2018.
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