poesia - poema - amadeu baptista - amor - abandono - perda - julgamento - juízo - coração -

“Sonetos do abandono”, assim chamados

 

 

“Sonetos do abandono”, assim chamados

Porque esse desabrigo constataram

Sobre a cama, sob um afastamento

Sem sentido, a provocar a dor

 

De quem sempre te viu como um enleio,

Um laço que não podia desfazer-se.

Repara que não digo “sonetos da traição”,

Que isso implicaria que houvesse

 

Um juízo a fazer-se, uma moral judicativa

Em que o livre arbítrio seria conspurcado,

A acumular no erro um outro erro

 

De perspectiva, de desengano, de torpeza.

Ignoro o que fizeste da nossa chave,

Essa mesma que tantas vezes nos abriu o coração.

Alberto Manguel: O livro é sempre um inimigo simbólico

Carta a Jorge de Sena

contacto visual - internet - comunicação - dados - webdesign

Donativos a VILA NOVA Online

VILA NOVA: deixe aqui a sua Marca

Deixe um comentário