‘É tempo de conhecer a Coleção Bühler-Brockhaus – Uma doação de Marion e Hans-Peter’, assim o Museu D. Diogo de Sousa, de Braga, lança um desafio ao público para que realize uma visita à instituição no sentido de conhecer a sua nova coleção de arqueologia, constituída por cerca de 300 peças com origem na área do Mundo do Mediterrânico, na sua grande maioria.
A nova Coleção, originária do berço da Antiguidade Clássica, vem complementar a Coleção já existente, em grande parte, proveniente de Bracara Augusta e do território envolvente.
Na coleção destacam-se uma escultura da cabeça do Imperador Trajano e um busto do Imperador Augusto, em mármore, mas ela faz parte um vasto leque de objetos de diversas proveniências e cronologias, na sua maioria dos mundos egípcio, grego, etrusco e romano. Entre as obras expostas encontram-se esculturas em mármore, mosaicos romanos, vasos cerâmicos gregos e etruscos, unguentários romanos em vidro, utensílios do quotidiano e adornos em bronze e metais nobres.
Para além do conjunto de peças que compõem a materialidade tangível, esta Coleção reveste-se de um cunho pessoal, refletivo no interesse partilhado por este casal pela Cultura Clássica, e de memórias e experiências de toda uma vida em comum.
Bühler-Brockhaus, um nome que vem de longe
A ‘Coleção Bühler-Brockhaus’ é composta por cerca de 300 obras da Antiguidade Clássica e foi doada, em 2018, por um casal alemão, residente em Portugal – Hans-Peter Bühler e Marion Bühler-Brockhaus.
Hans-Peter Bühler e Marion Bühler-Brockhaus conheceram-se em 1959 em Estugarda. Desde essa data dedicam-se a enriquecer culturalmente os locais onde vivem, partilhando e fomentando o usufruto do património.
O espírito de mecenato do casal é herdado das suas famílias que, desde finais do século XVIII, apoiavam a cultura de variadíssimas formas, entre as quais a doação de peças arqueológicas e publicação de vários trabalhos ligados à área.
A tradição mecenática foi continuada pelo casal Hans-Peter e Marion. São muitas as obras artísticas e peças arqueológicas doadas a Museus e outras instituições. Algumas das doações podem ser encontradas em Munique, Leipzig, Berlim, Paris, Laren ou Setúbal. E também no Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa, que o casal financiou também, com cerca de meio milhão de euros, a própria montagem deste novo espaço expositivo, e as obras de requalificação do imóvel do museu, nomeadamente no que concerne à pintura e limpeza de todo o exterior, melhoria da acessibilidade, segurança e iluminação.
Hans-Peter Bühler e Marion Bühler-Brockhaus vivem em Portugal desde 2006, tendo fixado residência em Setúbal. Ao longo dos anos têm vindo a apoiar múltiplos projetos artísticos, de conservação e de valorização patrimonial.
2015 marca o ano que o casal iniciou a sua procura por um Museu onde a sua coleção pessoal pudesse ser exposta. Depois de vários Museus visitados o Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa foi o preferido, pela amplitude da coleção, que inclui os períodos que vão desde o Paleolítico até à Idade Média – com relevo para o espólio oriundo da cidade Romana de Bracara Augusta –, e pela existência de um Laboratório de Conservação e Restauro. Em 2017 chegam as primeiras peças e, em 2018, foi assinado do Auto de Doação. A 2 de maio de 2019 é encerrada a doação, com a entrega de um retrato romano em mármore do Imperador Augusto, o fundador da cidade romana de Bracara Augusta, ali retratado ainda jovem, com a coroa cívica, num período áureo da sua governação.
A nova coleção encontra-se aberta ao público desde 22 de outubro e terá visitas guiadas ainda nos próximos dias 6 e 20 de novembro e 4 e 11 de dezembro.
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Imagem: MDDS
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