Muitos deverão ser os que se colocam neste momento a questão em relação à futura liderança do PSD: Rui Rio ou Paulo Rangel?
Porque esta é a terceira vez que Rio disputa eleições para a liderança do Partido Social Democrata, e sempre tomei posição contra si enquanto candidato, quem se recorda deverá lembrar-se que escrevi um artigo, aquando das eleições internas que Rio e Santana Lopes disputaram, nas quais apoiei o actual Presidente de Câmara da Figueira da Foz.
Perdi; mas não fiquei convencido.
Escrevi outro artigo, aquando das eleições internas que Rio e Montenegro disputaram, a apoiar o segundo.
Perdi; e também não fiquei convencido. Mas sobretudo fiquei ainda mais convicto dos motivos pelos quais não apoiei Rio, nessas duas contendas.
Ora, como diz o ditado popular, não há 2 sem 3, pelo que desta vez é para ganhar.
Rui Rio ou Paulo Rangel?
Convictamente Paulo Rangel.
Mas se fosse o Pato Donald, seria sempre melhor que o incumbente do cargo.
Como é natural, faz parte dos estatutos do PSD o mandato de Presidente do Partido ter a duração de dois anos, donde as eleições internas no final desse período.
Rui Rio, muito bem, cumprindo os estatutos, abriu o processo eleitoral em finais de setembro, e a sua direcção indicou o dia 4 de dezembro, dia da morte de Francisco Sá Carneiro, para efectivar-se o acto eleitoral (talvez o subconsciente de Rio o tenha alertado, para que, no caso de querer ficar na história, ao menos a sua “morte” política fique associada a esta data de triste memória para os portugueses, mas sobretudo para os populares e sociais-democratas), confirmado depois pela maioria dos conselheiros, na reunião do Conselho Nacional.
Como é natural e salutar, aberto o processo, todo e qualquer militante que cumpra os requisitos é livre de candidatar-se a Presidente do Partido Social Democrata.
Paulo Rangel, com toda a legalidade e legitimidade democrática, apresentou a sua candidatura, à liderança do PSD.
Alguns dos poucos que lêem os meus artigos, recordar-se-ão que venho há muito tempo, seguramente há mais de um ano, a alertar para a possibilidade de eleições antecipadas em 2022, devido ao facto de o cimento Pedro Passos Coelho/Troika/reversões, terem deixado de existir.
Assim parece vir a acontecer.
Ora, é compreensível o sentimento da parte incumbente. Após 4 anos no poder, Rui Rio e a sua entourage poderão vir a morrer na praia, donde terem a tentação perversa de querer adiar as eleições internas já marcadas para a data estipulada pelos próprios.
O que é intolerável, aberrante e sobretudo anti-democrético é Rui Rio, em final de mandato, com data marcada para as eleições, confirmada pela maioria dos conselheiros nacionais, tentar perpretar jogadas palacianas com vista a ser ele o candidato do PSD a Primeiro-Ministro.
A vida é assim! Os ciclos, principalmente os ciclos políticos, têm destas coisas. Muitas vezes quem lidera em períodos de travessia do deserto não são os mesmos que têm a sorte de imediatamente a seguir liderarem a boa nova.
Concordo em absoluto, e partilho a mesma opinião, com aqueles que, além de manterem a data das eleições, subscreveram o pedido de um Conselho Nacional Extraordinário, visando a antecipação do Congresso Nacional para meados de Dezembro.
Acredito, estou convicto, que a democracia interna do PSD é um bem insofismável, e que quem for o candidato a Primeiro-Ministro pelo Partido Social Democrata o irá ser com toda a legalidade, legitimidade democrática e com uma clarificação sem mácula.
Dois resultados possíveis
As eleições internas têm 2 resultados possíveis (verdade de la Palisse): ou vence Rui Rio ou vence Paulo Rangel.
Vencendo Rui Rio, vai para as eleições legislativas com o background dos seus mandatos, mais a confirmação da confiança dos militantes.
Caso vença Paulo Rangel, vai para as mesmas legitimado pelo votos dos militantes.
Agora é necess+ario que nestas eleições internas haja da parte de todos, inclusive dos candidatos, elevação, respeito, debate de ideias e projectos, ao invés da vergonhosa e deselegante actuação de militantes que temos assistido, com ataques de carácter pessoal tanto aos candidatos como aos membros das equipas que vão sendo conhecidos.
Não existem militantes bons e militantes maus.
Existem os militantes do PSD que livre e democraticamente têm as suas convicções e as vão exprimir nas urnas.
Alerto e relembro que neste momento, a escolha do novo Presidente do PSD é ao mesmo tempo a escolha do possível próximo Primeiro-Ministro de Portugal.
Pela minha parte, Paulo Rangel é o meu candidato.
É hora de: Unir, Crescer, Vencer.
Abraço a todos
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