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Oportunidade | Uma crónica sem vírus

 

 

Esta é uma crónica limpa, asseada.

Tem os parágrafos preenchidos de esperança, a que nos faz falta para nos pintarmos, nos esculpirmos por dentro.

Quantos de nós não passaram toda uma vida na procura do belo, tropeçando vezes demais na ilusão, na decepção da aparência?

Quantos ficaram pelo caminho, quantos tombaram, crendo estar no outro a razão da sua doença, incapazes de perceberem que era neles mesmos que estava a cura?

Vivemos dias de confronto com as nossas mentiras. Pequenas, grandes, assim-assim. E ainda bem.

Uma boa parte desta falsidade foi-nos implantada. Entra todos os dias pela nossa casa, pelos múltiplos ecrãs onde a nossa vida se espelha. Pela televisão, pelo computador, pelo smartphone.

Entra pelo induzido e subliminar impulso do consumo.

Perversamente, continuamos a ser alimentados pelo umbigo, mas os nutrientes já não são os do ventre materno.

Estes dias, que muitos acham estar carregados de drama e terror, são uma perfeita lição de vida. Depende apenas de cada um entender aquilo que a Natureza nos está a querer ensinar, mesmo que para isso tenha usado algo tão infinitamente pequeno e tão poderosamente devastador.

Passamos décadas e décadas a poluir o planeta. A industrialização cravou-se na terra como um cancro que foi espalhando os seus tentáculos, apodrecendo as florestas, o ar, extinguindo animais.

Sufocando, a Terra atacou-nos com as mesmas armas e não o faz, para nos castigar ou punir, mas para nos dizer claramente que chegou um tempo insustentável, e que a revolução começa na humanidade de cada um.

Neste tempo de recato, de regresso à família, mesmo quando esta está fisicamente afastada, a viagem é interior, limpa. Saiba cada um escutar a voz inaudível quando andávamos demasiado ocupados a fugir de nós.

Quantos caíram neste percurso por uma mão que não foi estendida, por um prato de comida que não foi partilhado? Pior que isso, quantos se finaram pela solidão?

E os artistas, e os poetas, e os criadores que não foram ouvidos? O que preenche as suas telas, as suas páginas, as suas obras, senão a esperança?

Ela é e será sempre a bandeira da humanidade. A arca que navegará no dilúvio, rumo a um novo paradigma.

O Planeta respira agora melhor. O céu tem cor, o sol tem brilho. Avistam-se montanhas onde antes se cerravam cortinas de fumo.

Os pólos recuperam gelo, fecha-se um buraco aberto no peito da vida.

Nada disto será permanente se não tivermos a consciência do universo que representa cada um, se o pensamento crítico não substituir a crendice, os falsos profetas que todos os dias querem instaurar o medo como regime.

Esta é a oportunidade de não sermos apenas um número, um registo estatístico. Esta é a oportunidade de mudança que nos é oferecida para sermos melhores.

Melhores connosco, melhores com os outros.

Melhores em humildade, na consciência colectiva.

Não se pedem grandes gestos, grandes feitos. Uma coisa muito simples:

– AMOR.

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