As exportações portuguesas de têxteis e vestuário tiveram em 2021 o melhor ano de sempre, tendo ultrapassado o valor de 5,4 mil milhões de euros de faturação, revelou esta quarta-feira, 9 de fevereiro, a Associação Têxtil e de Vestuário de Portugal (ATP), liderada por Mário Jorge Machado e que representa cerca de 5 centenas de empresas do setor ITV. O vestuário em malha e os têxteis-lar foram os grandes impulsionadores deste crescimento, compensando os resultados ainda negativos do vestuário em tecido.
O valor é superior em 4% ao registado no ano pré-pandémico de 2019, e revela bem a resiliência da ITV portuguesa perante um fator adverso e tão forte quanto a pandemia de SARS-CoV-2. A contribuir fortemente para este excelente resultado estiveram as exportações de vestuário em malha e de têxteis para o lar. O vestuário em malha exportou 2.336 milhões de euros, ou seja, mais 193 milhões de euros face a 2019, o que equivale a mais 9%. Por sua vez, os têxteis-lar exportaram 763 milhões de euros, ou seja, mais 112 milhões de euros face a 2019, com um crescimento de 17%. O vestuário em tecido não terá conseguido recuperar dos efeitos da pandemia, tendo exportado 796 milhões de euros, menos 189 milhões de euros face a 2019, registando uma quebra de 19%, embora possam pesar nestes valores influências do fator moda durante este período.
Estes valores superaram em mais de 2% os valores do anterior recorde de exportações atingido em 2018, altura em que a remessa de produtos têxteis para o estrangeiro atingiu 5,31 mil milhões de euros.
Produtos com maior e menor sucesso nas exportações de 2021
‘Os produtos que tiveram maior crescimento absoluto em comparação com 2019 foram as camisolas e pulôveres, cardigãs, coletes e artigos semelhantes, de malha (+27%, equivalente a mais 118,9 milhões de euros), roupas de cama, mesa, toucador ou cozinha, de qualquer matéria têxtil (+23%, correspondente a um acréscimo de 116,1 milhões de euros) e fatos, conjuntos, casacos, calças, jardineiras bermudas e calções (shorts), de malha, de uso masculino (+45% ou mais 38,6 milhões de euros)’, refere o jornal especializado Portugal Têxtil, sintetizando a informação divulgada pela ATP.
Por outro lado, ‘na lista dos produtos que maior queda sofreram em termos absolutos em comparação com 2019 constam os fatos de saia-casaco, conjuntos, casacos, vestidos, saias, saias-calças, calças, jardineiras, bermudas e calções (shorts), de uso feminino, que perderam 74,3 milhões de euros em exportações, representando -24%, os fatos, conjuntos, casacos, calças, jardineiras bermudas e calções (shorts), de uso masculino (menos 70,6 milhões de euros, equivalente a uma queda de 26%) e camisas de uso masculino (menos 22,9 milhões de euros, equivalente a uma queda de 23%). Nesta lista constam ainda as subcategorias t-shirts, camisolas interiores e artigos semelhantes, de malha, com uma perda de 25,8 milhões de euros (-3%) e os tecidos contendo, em peso <85%, de fibras sintéticas descontínuas, com um decréscimo de 24,7 milhões de euros (-29%)’, acrescenta a mesma fonte.
França e Estados Unidos ganham expressão mais significativa entre os mercados com maior volume
Segundo as contas apresentadas pela ATP, a França reforçou o segundo lugar do ranking em termos de destinos, tendo sido o que assinalou maior acréscimo, em termos absolutos, com um aumento de 119 milhões de euros (equivalente a +18%), representando agora uma quota de 15% do total das exportações de têxteis e vestuário.
Os EUA – quarto maior destino em volume de exportações – foram o destino não comunitário que mais cresceu, com um acréscimo de 107 milhões de euros (+31,5%), tendo passado a representar 8% do total das exportações do setor.
Espanha, que continua a liderar a tabela dos principais destinos, foi aquele que sofreu a maior quebra, conforme assinala a ATP: menos 220 milhões de euros, ou seja, -14%. Em 2019 representava 31% do total, em 2021 passou a representar 25%.
Outros países de referência para as exportações têxteis portuguesas são a Alemanha (3º lugar – 9% de quota) e Reino Unido (5º lugar – 7% de quota).
Balança comercial da ITV bastante positiva
Conforme assinala a ATP, cuja análise se baseia nos dados do comércio internacional de bens divulgados acabados de divulgar pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a balança comercial do setor em 2021 teve um saldo 1168 milhões de euros, com uma taxa de cobertura de 127%.
1ª Página. Clique aqui e veja tudo o que temos para lhe oferecer.
Famalicão, município mais exportador do Norte e terceiro no país
Porminho com novas instalações prestes a criar mais 50 postos de trabalho
Imagem: Jufral Malhas/Passos Zamith
VILA NOVA, o seu diário digital. Conte connosco, nós contamos consigo.
Se chegou até aqui é porque provavelmente aprecia o trabalho que estamos a desenvolver.
A VILA NOVA é cidadania e serviço público.
Diário digital generalista de âmbito regional, a VILA NOVA é gratuita para os leitores e sempre será.
No entanto, a VILA NOVA tem custos, entre os quais a manutenção e renovação de equipamento, despesas de representação, transportes e telecomunicações, alojamento de páginas na rede, taxas específicas da atividade, entre outros.
Para lá disso, a VILA NOVA pretende produzir e distribuir cada vez mais e melhor informação, com independência e com a diversidade de opiniões própria de uma sociedade aberta. A melhor forma de o fazermos é dispormos de independência financeira.
Como contribuir e apoiar a VILA NOVA?
Se considera válido o trabalho realizado, não deixe de efetuar o seu simbólico contributo sob a forma de donativo através de mbway, netbanking, multibanco ou paypal.
MBWay: 919983484
NiB: 0065 0922 00017890002 91
IBAN: PT 50 0065 0922 00017890002 91
BIC/SWIFT: BESZ PT PL
Paypal: pedrocosta@vilanovaonline.pt
Envie-nos os seus dados e na volta do correio receberá o respetivo recibo para efeitos fiscais ou outros.
Visite também os nossos anunciantes.
Gratos pela sua colaboração.
Lionesa Business Hub prepara duplicação de área disponível para fixação de novas empresas