Úria eletrizante e LaBaq resplandecente encerraram em grande Festival para Gente Sentada 2020

 

 

Foi um Samuel Úria eletrizante e explosivo que se apresentou no 3º e último dia do Festival para Gente Sentada, na última sexta-feira, na belíssima sala do Theatro Circo, em Braga, bem nutrida de público sedento de adrenalina, música e arte. Antes, tivéramos já oportunidade de apreciar Jorge Palma e Ocempsiea e Benjamin e Surma, respetivamente, nos dois dias anteriores.

Úria, que este ano já tivéramos oportunidade de ver e ouvir em Famalicão durante o verão, no Devesa Sunset, exibiu as suas artes em Braga num esquema quase clássico: bateria, baixo, guitarra e percussão. Passo a passo, o «trovador de patilhas» foi desvendando o seu reportório: «canções de pós-guerra» intercaladas com cargas de ombro que não davam oportunidade à plateia para diminuir o êxtase proporcionado pela sua atuação.

As canções foram-se sucedendo intervaladas por um humor mordaz e acutilante no que concerne aos tempos que vivemos: preocupações sanitárias e resiliência dos espectadores, músicos, arte e cultura, no geral.

No Festival para Gente Sentada, edição 2020, o crooner Úria fez jus ao seu estatuto. Animou e levantou o público das cadeiras com temas de puro rock’n’roll, algum pop, pinceladas de blues e muito gingar de ancas.

LaBaq ilumina Theatro Circo

Na 1ª parte fomos brindados com um nome da nova indie latina-americana: LaBaq, que levou um pouco de luz a braga com a sua inclassificável forma de cantar e tocar, que cai sempre fora dos parâmetros tradicionais, ainda que lembrando aqui ou ali alguma ligeira aproximação a Adriana Calcanhoto nos seus primórdios.

Sentemo-nos em Braga novamente em ’21

Em termos de balanço final desta edição natalícia deste evento, assinale-se que, em termos de qualidade, foi um festival de cartaz equilibrado, mas sempre em crescendo. Lamenta-se o facto de o Theatro Circo não poder estar mais repleto de público, o que traria mais alegria e animação às atuações e aos espectadores, mas a situação é fruto das circunstâncias que temos e em que vivemos.

Ficamos, por isso, ansiosamente à espera de novo cartaz e novo regresso a Braga em 2021.

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