Em busca de um desenvolvimento harmonioso e sustentável para o futuro da região, teve lugar o “Paisagem Protegida Regional da Serra da Aboboreira: Património Cultural e Paisagístico”, no Centro Cultural Emergente, no Marco de Canaveses. Contando com a presença de vários especialistas da área, entre eles investigadores e entidades municipais, cada um dos quais explanou o seu entendimento sobre algumas das mais relevantes questões associadas ao desenvolvimento da região.
A sequência de seminários temáticos promovidos pela Associação de Municípios do Douro e Tâmega, em homenagem à Serra da Aboboreira enquanto Paisagem Protegida Regional, chegou ao fim, com o terceiro e último debate no Município de Marco de Canaveses.
“Hoje chegamos ao fim de um ciclo e permitam-me apenas que deixe aqui um apelo.
Impacto humano na preservação e proteção da Serra da Aboboreira
“Para além de todas as atividades e experiências que a Aboboreira pode oferecer, é fundamental que exista a consciência de que o turismo de natureza depende do respeito contínuo pelo frágil equilíbrio da biodiversidade e, por isso, contamos com os nossos visitantes para que estejam entre os primeiros a contribuir para a preservação da Serra da Aboboreira e das suas áreas selvagens”, declarou Cristina Vieira, presidente da Câmara Municipal do Marco de Canaveses e Presidente do Conselho Diretivo da Associação de Municípios do Douro e Tâmega, no início à sessão, alertando para a importância da consciência do impacto humano na preservação e proteção do espaço.
Sob o mote “Património cultural: conhecer para valorizar”, o primeiro painel contou com uma conferência introdutória de Alexandra Cerveira Lima, membro da Direção Regional de Cultura do Norte e diretora do Museu dos Biscainhos e do Museu de Arqueologia Dom Diogo de Sousa, que abordou o tema “Património Arqueológico e Gestão de Paisagem Protegidas”, seguida de uma mesa-redonda à qual se juntaram Carla Stockler, investigadora do Campo Arqueológico da Serra da Aboboreira, António Lima, técnico superior da Direção Regional de Cultura do Norte e José Augusto Costa, historiador e intérprete na Rota do Românico, com a moderação de Ricardo Teixeira, sócio-gerente e coordenador geral da empresa Arqueologia & Património e investigador do CITCEM – Centro de Investigação Transdisciplinar.
Desenvolver uma região rica em património histórico e natural
A segunda parte do seminário repetiu a dinâmica, desta vez com base no tema “Património paisagístico: aprender para vivenciar”. Paulo Dordio Gomes, investigador no CITCEM, protagonizou a conferência introdutória com “A Paisagem Cultural. Ambiente e História”, tendo, mais tarde, participado também na mesa-redonda com José Eduardo Martins, coordenador de projetos na empresa de Animação Turística Bello’Giro e Paulo Farinha Marques, investigador na Universidade do Porto e CIBIO/BIOPOLIS, com a moderação de Carla Stockler.
Para finalizar, Paulo Pereira, presidente da Câmara Municipal de Baião, referiu que é fundamental que todos os municípios e respetivas populações se unam para fazer evoluir o bem comum que é a Serra da Aboboreira. “Penso que estão criadas e reunidas as condições necessárias para continuarmos a investigação ao serviço da valorização do nosso território e das nossas comunidades”, rematou.
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