Alegria, surpresa e muita cor marcaram o Circuito Inaugural da 6ª edição do Braga em Risco, que afirma Braga como Cidade de ilustração e de criatividade. Na iniciativa, que percorreu alguns dos locais onde se realizam as atividades do Braga em Risco, como a Praça – Mercado Municipal, a Casa dos Crivos, o Largo do Paço e o Museu da Imagem, entre muitos artistas, participantes e curiosos, estiveram Altino Bessa, vereador do Ambiente, Proteção Civil e Desenvolvimento Rural do Município de Braga, Pedro Seromenho, curador do evento, e Daniel Vilaça, presidente da Direção da Associação Empresarial de Braga. O Braga em Risco – Encontro de Ilustração de Braga está em curso até ao próximo dia 18 de Novembro.
Afirmar Braga como cidade de ilustração e de criatividade não é tarefa fácil num mundo em que os territórios e, nomeadamente, as cidades se digladiam no sentido de se tornarem mais e mais atrativas para residentes e turistas. Mas mais de 70 artistas nacionais e internacionais responderam à chamada do Braga em Risco neste ano de 2022 permitindo à Cidade realizar e dezenas de exposições individuais e colectivas e de 80 oficinas de ilustração ao longo do programa desta 6.ª edição do evento que, em 2022, promovendo também o livro e a literatura, celebra o centenário dos escritores José Saramago e Maria Ondina Braga.
Do circuito inaugural, realizado este Sábado, 5 de Novembro, destaque para a abertura da exposição colectiva “Braga 22 x 22 – Ondina Ilustrada”, patente ao público na Casa dos Crivos. A mostra é composta por 22 trabalhos que se desdobram em 22 narrativas visuais para mostrar a autora Bracarense de forma inédita, a partir do livro O jantar chinês e outros contos.
Destaque ainda para a Banca de Retratos Feios, protagonizada por Ricardo Ladeira, vencedor da edição 2021 do festival de ilustração Braga em Risco.
Braga em Risco promove Cidade de ilustração e criatividade
Na abertura do Braga em Risco, o vereador Altino Bessa lembrou que o Braga em Risco tem vindo a conquistar espaço e protagonismo a nível nacional, promovendo não só a ilustração para a infância, como também a literatura infantil. “Em seis anos, Braga afirmou-se como cidade de ilustração e criatividade”, frisou Altino Bessa.
Integrar livro e ilustração na vida de todos os dias
Já Pedro Seromenho, curador do Braga em Risco, lembrou que Braga vai viver 14 dias dedicados à arte e à cultura, com actividades que desafiam o público a dar asas à criatividade e imaginação, e onde as letras, cores e riscos ganham espaço, cativam, reflectem sentimentos, emoções e sensações. Seromenho salientou ainda que a mais-valia deste encontro é “trazer a ilustração e o livro para a rua e fazer com que ambos façam parte da nossa vida”.
14 dias dedicados à Ilustração
Nos próximos 14 dias, a Galeria e o Largo do Paço, a Praça – Mercado Municipal de Braga, o Museu da Imagem, a Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva e a livraria Centésima Página acolhem também diversas actividades artísticas, nomeadamente exposições, oficinas do risco, workshops, masterclasses, apresentações de livros, cinema de animação, performances, visitas guiadas e concertos.
A presente edição do Braga em Risco apresenta-se como a mais internacional de sempre, registando a participação de um leque alargado de ilustradores estrangeiros, dos quais se destacam Joanna Concejo (Polónia), Nathalie Minne (França), Marina Gibert (Espanha), Alexandre Rampazo (Brasil) e Nastya Varlamova (Rússia).
O evento reforça também a proximidade com a Galiza através da exposição colectiva De Braga a Corunha num Risco”, que junta os curadores Manel Craneo, Marta Madureira e Pedro Seromenho. O objectivo desta mostra é aproximar as regiões vizinhas do Minho e da Galiza, com as suas semelhanças e diferenças, através da imagem.
À semelhança de edições anteriores, o evento inclui a realização dos Mercados de Arte. Este na, o programa prevê quatro mercados a decorrer nos dois Sábados e Domingos do Braga em Risco. Esta é uma oportunidade para artistas e público em geral partilharem e darem a conhecer os seus trabalhos.
Ainda antes da abertura oficial, o Braga em Risco esteve nas escolas do Concelho, através da dinamização de oficinas e residências artísticas que envolveram a comunidade educativa. O pré-evento contou ainda com as “Ruas do Risco”, uma iniciativa através da qual diversos ilustradores percorreram o Centro Histórico da Cidade, estimulando o gosto pela ilustração e o envolvimento de todos – comércio, famílias e crianças – no processo criativo.
De referir que todas as actividades têm entrada livre, mas sujeitas à ordem de chegada e à lotação dos espaços em que se realizam.
Música indie encerra Braga em Risco
Este ano, o Braga em Risco inclui o INDIEGESTO, um ciclo de quatro concertos inteiramente dedicados ao melhor da música indie portuguesa. Agendados para os dias 11 e 12 de Novembro, os concertos terão lugar no Auditório S. Frutuoso, na Rua Afonso Henriques.
Luca Argel, André Júlio Turquesa, Aníbal Zola e Arianna Cassellas Y Kauê são os nomes que preenchem o cartaz do INDIEGESTO. Esta iniciativa, que conta com o apoio do Município de Braga e do Seminário de S. Pedro e S. Paulo, marca o início da temporada 2022/2023 da Plataforma do Pandemónio, uma comunidade artística bracarense que conta com mais de 50 associados e uma centena de artistas envolvidos. Todos os concertos são de entrada livre, mas sujeita a inscrição prévia através da plataforma EventBrite.
Imagens: MBRG
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