Luís Rocha busca novos desafios para continuar a progredir

 

 

Embora o futebolista Luís Rocha seja natural de Famalicão, realizou quase toda a sua formação nos escalões jovens do Vitória de Guimarães.

Canhoto, depois de uma breve passagem pela formação do FC Famalicão, seria no clube vimaranense que Luís Rocha se notabilizaria como defesa esquerdo. Na cidade berço, Luís Rocha chegou com naturalidade à equipa principal, onde viveu o momento mais alto da sua carreira ao integrar o plantel da equipa que venceu a Taça de Portugal, em 2012/13, com Rui Vitória.

De Guimarães para a Grécia foi apenas um salto. Neste país, Luís Rocha prosseguiu a sua carreira competitiva no Panetolikos, clube onde o jogador famalicense jogou com um dos atuais defesas centrais do FC Famalicão, o albanês Enea Mihaj.

Após várias temporadas com regularidade de jogo, Luís Rocha seguiu para o maior clube da Polónia – o Legia de Varsóvia – clube pelo qual se sagrou campeão em 2 épocas.

Tendo-se adaptado bem à vida em Varsóvia, cidade que muito apreciou, acabaria ainda por representar neste país um outro clube – o KS Kracovia.

Neste momento, Luís Rocha está sem clube, pelo que aguarda novos desafios no sentido de prosseguir uma carreira que tem sido bastante interessante.


É claro que gostava de um dia poder vestir novamente a camisola do Famalicão.


Francisco Oliveira: Teve um período curta na formação do FC Famalicão. Gostava de voltar ao clube?

Luís Rocha: É claro que gostava de um dia poder vestir novamente a camisola do Famalicão, é o clube da minha cidade, da minha família e amigos e seria sem dúvida um orgulho poder fazê-lo um dia como profissional. Nesta fase, no entanto, penso que será improvável.

Francisco Oliveira: O Luís Rocha foi cedo para o Vitória de Guimarães. Logo na sua primeira temporada, fez oito jogos pelos AA do V. Guimarães e, nessa época 2012/13, termina com a conquista da Taça Portugal frente ao Sport Lisboa e Benfica, com golos de Ricardo Pereira e Soudani. Durante essa caminhada, esteve no banco suplentes, nos quartos-de-final da prova, com o Sporting Clube de  Braga e jogou um dos jogos das meias-finais com o Belenenses.

Como viveu esses momentos?

Luís Rocha: É verdade que foi nessa primeira época como profissional que consegui ter algumas oportunidades na primeira equipa. Elas surgiram por intermédio do mister Rui Vitória; mas maioritariamente joguei na equipa B (foi nessa época que se formaram as equipas B).

Nesse ano em que acabamos por ganhar a Taça de Portugal, participei no jogo da meia-final contra o Belenenses.

Na final, infelizmente, não tive oportunidade de jogar, mas mesmo estando de fora e sentir todos aqueles sentimentos foi sem dúvida um dos pontos mais altos que vivi na minha carreira. Esse foi, sem dúvida, um dos dias mais felizes que vivi como profissional de futebol.

Francisco Oliveira: Mas na época seguinte faz 22 jogos e alinha os 90 minutos na Liga Europa frente a Rijeka e Olympique de Lyon. Como descreve a experiência de jogar as competições europeias ao mais alto nível?

Luís Rocha: Todos nós, desde pequenos e enquanto vamos crescendo no mundo do futebol, habituámos-nos a ver as competições europeias e sonhamos sempre jogar nelas. Felizmente tive a sorte de participar em alguns jogos na Liga Europa. São competições que sentes imediatamente que são especiais – todo o ambiente que se vive à volta desses jogos é diferente e só temos que nos sentir privilegiados por estar lá nesses momentos.

Francisco Oliveira: Em todas as suas temporadas no V. de Guimarães alternou entre a equipa principal e a B. Sentiu que os treinadores e a direção o admiravam por não ter problemas em um dia jogar a Liga Europa e a Primeira Liga Portuguesa e noutro estar a jogar o CNS ou a II Liga?

Luís Rocha: É normal que por vezes isso aconteça. Quando não se está a ser a primeira opção na equipa principal e se é novo, é natural que vás competir na equipa B para poderes ganhar ritmo competitivo e conseguires chegar ao teu melhor com o jogo. Por muito que se treine é o jogo que dá a possibilidade ao futebolista de estar a 100% e pronto para os desafios em diante.


[O meu ex-colega Enea Mihaj (que joga esta época no FC Famalicão)]é um jogador muito dedicado, que leva o seu dia-a-dia sempre a pensar em evoluir.


Francisco Oliveira: Depois do Vitória de Guimarães, segue-se a I Liga Grega, no Panetolikos, clube onde é muito utilizado. Jogou no clube Grego lado a lado com Enea Mihaj, Defesa Central Albanês que também possui a nacionalidade Grega e que joga atualmente no FC Famalicão. O que pensa sobre o Enea Mihaj?

Luís Rocha: Tive a possibilidade de partilhar a equipa com o Enea, na Grécia. Fico muito feliz que o Famalicão o tenha consigo trazer para cá. Tem tudo para ter sucesso aqui.

É um jogador muito dedicado, que leva o seu dia-a-dia sempre a pensar em evoluir. Tem muito cuidado em fazer tudo com que lhe faça bem (alimentação, ginásio, descanso, recuperação) para que possa estar sempre todos os dias no seu melhor, seja treino ou jogo. É um profissional de excelência. Não é por acaso que consegue manter sempre uma regularidade muito grande. Apesar da lesão grave que sofreu no PAOK de Salónica, todas as épocas tem sempre muitos jogos e num nível sempre alto.

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Francisco Oliveira: O Luís Rocha prossegue depois para o maior clube da Polónia. No Legião de Varsóvia ganha dois títulos da I Liga da Polónia. O  que lhe deu mais gosto vencer – a Taça Portugal ou os dois títulos Polacos?

Luís Rocha: Todos eles me deram muito gosto em ganhar. É para isso que treinamos todos os dias – para ganhar. Mas se tenho mesmo que escolher diria a Taça de Portugal.

Talvez por ter sido numa fase inicial da minha carreira e por tudo o que envolve as finais da Taça, com o ambiente de festa no Jamor e depois também pelo espetáculo da festa dos adeptos do Vitória, eles também mereceram muito esse momento. Mas sem dúvida que os títulos com o Legia também foram muito especiais. É um clube fantástico, com uns adeptos também fanáticos e tal como no caso dos do Vitória praticamente em todos os jogos conseguem dar espetáculo. E o campeonato Polaco é muito difícil e muito competitivo.

Talvez não com tanta qualidade como em Portugal, mas sem dúvida mais intenso e mais difícil que o Português.


Só [com massas associativas exigentes] se consegue estar num nível alto e nos habituamos a ganhar.


Francisco Oliveira: V. de Guimarães e Legia Varsóvia têm massas associativas exigentes. Gosta de jogar em clubes com massas associativas exigentes?

Luís Rocha: Óbvio que todos gostamos de jogar com esse tipo de adeptos. Só assim se consegue estar num nível alto e nos habituamos a ganhar. É, sem dúvida, bem melhor de que estar num clube em que tens sempre o estádio vazio e que não tens pressão nenhuma sobre ti.

Francisco Oliveira: No Legia Varsóvia jogou com vários futebolistas da Selecção Polaca. Qual a principal diferença entre o Futebolista Polaco e o Português?

Luís Rocha: A diferença está, talvez, na maneira de pensar o jogo. O jogador português tenta entender melhor o jogo, estar bem posicionado, o que envolve muito trabalho tático e técnico.

Já o polaco, tendo também esse tipo de jogador, é em geral um futebolista mais intenso, que corre muito mais. Na Liga Polaca ligam muito à parte física, o que passa muito pela formação que se tem enquanto jovem. Mas penso que, hoje em dia, a mentalidade do jogador Polaco evoluiu e é um pouco diferente e mais parecida com Portugal.

Francisco Oliveira: Nas últimas temporadas jogou no KS Kracovia. Qual a cidade em que gostou mais de viver: Varsóvia ou Cracóvia?

Luís Rocha: Gostei mais de viver em Varsóvia. Pessoalmente opto por Varsóvia, mas muita gente prefere Cracóvia e a verdade é que adorei muito de viver lá também. São cidades grandes – à semelhança do Porto e Lisboa – e também muito evoluídas.

Francisco Oliveira: Na última época (2021-22) fez 14 jogos, mas em 2022-23 está sem clube. O que se passou para estar sem jogar e sem clube neste momento?

Luís Rocha: Foi uma época difícil para mim. No KS KS Kracovia havia mais dois jogadores para a minha posição. Um deles era um jovem Polaco que o clube via como um grande ativo e que queria promover para poder ser convocado para a selecção do país e poder fazer com ele uma venda grande.

Entretanto, como já só tinha um ano de contrato, era natural que apostassem em quem tinha um contrato mais longo. Nunca foi por falta de empenho ou algum tipo de problema de minha parte. Sempre dei o meu melhor em cada treino e sempre com boas energias para todo o grupo.


Sendo um jogador livre a qualquer altura posso assinar com qualquer clube, em qualquer lugar.


Francisco Oliveira: Tem recebido propostas de algum clube?

Luís Rocha: Este mercado não correu como estava à espera. Foram aparecendo algumas oportunidades, mas, por um motivo ou outro, nunca nenhum deu certo, pelo que, neste momento, ainda continuo livre. Sendo um jogador livre a qualquer altura posso assinar com qualquer clube, em qualquer lugar. Vamos ver o que o futuro nos reserva.

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Imagens: 0, 1, 3, 4) VSC; 2) LW

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