confinamento - confinamentos - covid - trabalho - emprego - empregados - geopolítica - zelensky - putin - ucrânia - rússia - liberdade - ideologia - universidade - escrita - conteúdos - luta - direitos - humanidade - história - ensino - educação - consciência - portugal - raquel varela - liberdade - democracia - liberdades democráticas - regime político - república - monarquia - império - democracia - autocracia - online - digital - trabalho - capitalismo - crise - sécuulo xx - século xxi - século xix - ensino - alunos - jovens - universidade - universitários - pais - professores - resignação - exemplo - bem-estar - qualidade de vida - rendimento - trabalho - euros - vida - vila nova online - raquel varela - trabalho - trabalho doméstico - pandemia - confinamento - saúde pública - democracia - estado - neoliberalismo - capitalismo - direitos - trabalho - rendimento - bem-estar social - ritual do chá - política - debate - ideias - estado - estado social - serviço público - sns - educação - trabalho - salário - horário - rendimento - subsídios - empresas - trabalhadores - esquerda - ideias - impostos - guerra - economia - crise económica - estado social - guerra - lucro - salário - lucro - trabalho - rendimento - inglaterra - holanda - sri lanka - luta - condições de vida - idade - fator de trabalho - capital - ensino - professor - professora - professoras - tecnologia - pandemia - escola - escolas - esquerda - direita - centro - iluminismo - ideologia - extrema-esquerda - extrema-direita - história - velho - velhice - envelhecimento - saúde - doença - trabalho - horário - carga laboral - família - gestão profissional - serviços - educação - saúde - médicos - professores - justiça - igreja católica - marcelos rebelo de sousa - presidente da república - ação católica - pedofilia - cisma - docência - ensino - escolas - alunos - professores - antónio costa - primeiro-ministro - governo - marcelo rebelo de sousa - presidente da república - estátua - padre antónio vieira - emprego - mercadoria - sujeição política - capitalismo - george floyd - black lives matter - professores - docentes - trabakho - mercado - escola pública - imobiliário - investimento - desenvolvimento - expatriados - expats - migrações - emigração - imigração - ensino - língua portuguesa - português - portugal - capitalismo - história - século xx - greve - serviços mínmos - sindicato - stop - governo - direita - extrema-direita - ultra-direita - nós e os outros - estado - luta - contra - geringonça - antónio costa - marcelo rebelo de sousa - ps - psd - cds - chega - educação - política - governo - intelihgência artiifical - emprego -. trabalho - chatgpt - trabalho criativo - liberdade - sociedade - igualitarismo - proletarização - burguesia - trabalho - trabalhadores - migrantes - refugiados - morte - titan - titanic - memória - história -memórias - revolução - 25 de abril - passado -presente - futuro

As agências de rating e os rankings das escolas

 

 

O horror aos rankings é o mesmo que às agências de rating. Um tipo está doente, mede a febre e a culpa é do termómetro. Entretanto a doença alastra, já que a pessoa vai trocando de termómetro. Há muita gente que faz isto com a balança, está mais gordo, troca de balança. As agências de rating deviam ser inexistentes num mundo decente, são o termómetro que o capitalismo criou para medir a capacidade dos países se endividarem e pagarem dívidas. Medem a relação com o PIB, a produtividade e “custo” do trabalho e as lutas sindicatos e políticas, depois concluem se o país vai ou não pagar os juros, que é o que interessa na dívida (que é para manter). Desde a crise dos ano 70 que o capitalismo funciona empurrando este gigante terramoto, chamado dívida pública, que é privada, com a barriga. A crise de 2008 e a pandemia abriram mais umas crateras.

Os rankings das escolas não são o problema: medem a adaptação da força de trabalho à economia

Como devem imaginar o problema é a economia, os países, as agências de rating são pouco recomendáveis para escolhermos, por exemplo, como lugar para almoçar. Mas o que medem, medem bem. Se há lutas sociais, os países descem logo para “lixo” – “Olha que estes tipos estão a resistir, desce aí para lixo, ou lixo menos”. Vêm os governos e dizem: “Vem aí o apocalipse, transformem-se em lixo para pagar este lixo”. E assim tem ido o mundo. Os rankings medem a nova educação desta economia, que acima acabei de descrever. Medem um mercado de educação, competitivo entre países e dentro de países, e medem a standartização das “competências” adquiridas. Não servem o ensino privado de elite, onde não precisam de publicidade nem nunca precisaram. Têm anos de lista de espera. Querem discrição. Os rankings medem a adaptação da força de trabalho à economia pós-anos 70, baseada na excelência de um grupo restrito que fará trabalho autónomo e científico e de uma imensa massa que vai para o trabalho automatizado, alienado e indiferenciado… Portanto, eu sou contra os rankings, não me venham é dizer que eles são o problema.

A expressão de dois mundos sociais que não se cruzam

O problema é a economia e a educação que eles expressam – e expressam de forma cada vez mais cabal que há uma imensa quantidade de gente que fica sem acesso a qualificações que lhe permitam sonhar com um trabalho não standartizado, realizado, e não alienado, ao longo da vida. Que será, e já é o da maioria, incluindo da parte dos professores que querem negar esta evidência. O que cria um trabalho alienado, sem lutas sociais contra ele? Crescentes doses de sofrimento que se vai expressar ao longo da vida no burnout, depressões, envelhecimento precoce, apatia, presentismo e outras dimensões de sofrimento no trabalho. Não são os rankings que devem centrar as nossas baterias, mas o que eles expressam. Expressam uma economia que ela sim é um lixo, baseada na acumulação e não nas necessidades das pessoas, desigual, brutal, e que se reflecte no campo da educação na brasileirização da educação portuguesa, em que cada vez mais há dois mundos sociais que não se cruzam.

O ranking das escolas, a mota de água, o palheiro e a garagem

1ª Página. Clique aqui e veja tudo o que temos para lhe oferecer.

Obs: texto previamente publicado no blogue da autora ‘Raquel Varela – Historiadora‘, tendo sofrido ligeiras adequações editoriais na presente edição.

**

VILA NOVA: conte connosco, nós contamos consigo.

Se chegou até aqui é porque considera válido o trabalho realizado.

Apoie a VILA NOVA. Efetue um contributo sob a forma de donativo através de netbanking, multibanco ou mbway.

NiB: 0065 0922 00017890002 91

IBAN: PT 50 0065 0922 00017890002 91 — BIC/SWIFT: BESZ PT PL

MBWay: 919983484

Envie-nos os seus dados fiscais. Na volta do correio, receberá o respetivo recibo.

Gratos pelo seu apoio e colaboração.

*

O assédio do lucro nos locais de trabalho

Deixe um comentário