Não gosto de poemas, porque me fazem espirrar.
Eles fazem-me cuspir sangue que não é meu,
recitar orações subordinadas pouco valiosas,
dançar uma valsa com um destino que
não é meu nem do meu coração.
Gosto de palavras.
Elas falam, elas gritam.
Elas fazem rir e chorar como ninguém.
Elas fazem de nós humanos,
fazem-nos ser atores de uma sátira
onde Deuses riem e os infernos choram.
Gosto de beijar as palavras.
Gosto de lhes sentir a pulsação
a bater no meu âmago,
de sentir novos ritmos a nascer
do ventre delas. As palavras são
parideiras de ritmos e o poema
não é mais que um hospital
arbitrário onde nascem poemas e poetas
a cada segundo.
Obs: publicação original em Sarcasmos Irónicos.
Imagem: Benjamin Haydon
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