A Diabetes Mellitus, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, é uma patologia crónica de origem metabólica que se evidencia por uma ausência na produção de insulina ou por uma incapacidade de utilizar insulina pelas células. A insulina é uma hormona produzida pelas células β do pâncreas e que funciona como uma chave para permitir a entrada da glicose nas células. O que sucede na Diabetes é uma incapacidade na entrada da glicose nas células, ficando por sua vez a glicose acumulada na corrente sanguínea, levando ao fenómeno de hiperglicemia (valores elevados de glicose no sangue).
Os 4 P’s e os 5 pontos essenciais para controlo da Diabetes
Esta doença pode manifestar-se de diferentes formas, sendo as mais prevalentes a Diabetes tipo 1, onde há ausência de produção de insulina e a Diabetes tipo 2, em que se verifica uma resistência à insulina por parte das células. Em termos epidemiológicos esta doença em Portugal no ano de 2016 apresentou uma prevalência de 13,3 % da população entre os 20 e os 79 anos de idade, pelo 5,8 % representavam casos ainda por diagnosticar.
Sabe-se também que a Diabetes é responsável pela perda de anos de vida e, em Portugal, as pessoas com esta doença perdem cerca de 8,5 anos de vida. A Diabetes é responsável pela morte de 1 pessoa a cada 6 segundos em todo o mundo, por esse motivo importa conhecer os sintomas associados a esta patologia, dado que muitos casos permanecem ainda por diagnosticar. Assim os sintomas mais evidenciados são conhecidos como os 4 P’s: Poliúria (urinar com muita frequência); Polifagia (aumento significativo do apetite); Polidipsia (sensação frequente de sede); e Perda de Peso sem motivo aparente.
Tal como demonstrado anteriormente, a Diabetes traduz-se numa grande complexidade em termos metabólicos, pelo que lidar diariamente com a doença não só é complexo como exige um grande comprometimento por parte das pessoas por ela afetadas. Um dos esforços a que obriga é uma constante monitorização dos níveis de glicose sanguíneos, de forma a prevenir a existência de complicações, mas para isso a pessoa com Diabetes deve focar-se no conhecimento de 5 pontos essenciais: Doença; alimentação; exercício físico; controlo glicémico e medicação prescrita.
Alimentação
Dentro da componente alimentar não existe uma “dieta” específica para pessoas com Diabetes, existem sim, aqueles que são os princípios para uma alimentação promotora de saúde e que devem ser transversais a toda a população. As recomendações emanadas pelo nosso guia alimentar nacional – a Roda da Alimentação Mediterrânica – são as mais adequadas para que a alimentação seja equilibrada, completa e variada. A ideia mais importante dentro da componente alimentar é que a mensagem a transmitir seja sempre positiva, com foco nos alimentos a ingerir, nas quantidades e na frequência de consumo. Por outro lado é essencial a consulta dos rótulos alimentares para um melhor entendimento das características dos alimentos, mas em situações mais avançadas de Diabetes tipo 1 ou de tipo 2 é importante considerar a adoção do método de contagem dos hidratos de carbono e procurar um profissional da nutrição para a utilização dessa ferramenta. Com a garantia da prática de uma boa alimentação é possível alcançar um bom controlo glicémico, bons resultados lipídicos (colesterol e triacilgliceróis), pressão arterial normal e um peso corporal saudável.
Exercício físico
Quanto ao exercício físico, a sua prática é essencial para o tratamento e controlo da Diabetes, com benefícios ao nível do aumento da sensibilidade nas células, mais eficiência no processo metabólico, redução dos valores de glicemia e melhoria dos valores de hemoglobina glicada. Abordando especificamente a Diabetes tipo 1, os benefícios do exercício físico são menores, contudo apesar dos benefícios distintos entre a tipo 1 e a tipo 2, a prática de exercício físico é sempre importante, não descurando alguns aspetos, como um planeamento antecipado do exercício, prevenção de hipoglicemias e o uso de calçado apropriado. A hipoglicemia (glicemia inferior a 70mg/dl) pode ser prevenida com uma refeição adequada antes e depois do exercício, mas caso esta ocorra devem ser ingeridos de imediato entre 10 a 15g de açúcar diluído em água e posteriormente deve ser feita uma nova medição da glicemia. Caso esta esteja normalizada, é aconselhado realizar uma refeição rica em hidratos de carbono, porém caso os valores não normalizem, o procedimento anterior deve ser repetido até os valores estabilizarem.
Viver com saúde e qualidade de vida
Por fim e de acordo com a evidência mais recente, as pessoas com Diabetes podem praticar exercício físico, desde que o mesmo seja conjugado com uma boa alimentação, sempre associado a um nível satisfatório de conhecimento sobre a patologia em causa, de forma que o quotidiano seja vivido com qualidade e com saúde.
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Imagem: Rawpixel
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