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Diz a classe política do megafone ter o País a juventude mais bem formada no plano académico de sempre, para quem é urgente criar condições gerais de vida que lhes permitam fixar-se no País para “aliviar” o peso dos encargos sociais para o contribuinte em geral que, através dos impostos e do seu consequente empobrecimento, lhes criaram condições para essa formação com custos individuais irrisórios tendo em conta o custo global de cada formação.
Países há, como os Estados Unidos da América, onde a formação dos jovens é feita com empréstimo bancário a pagar num determinado período de tempo após a formação. Em Portugal não é assim, um pouco à semelhança do SNS que presta determinados serviços gratuitamente de forma generalizada, independentemente do rendimento bruto do agregado familiar, inclusive a cidadãos estrangeiros que cá se deslocam porque nos Países de origem não conseguiram esse serviço de forma gratuita. A formação em geral socorre-se dos direitos Constitucionais que é coisa que o trabalho prestado a terceiros não consegue.
Greves há-as a rodos no serviço público e, à míngua, no serviço privado. No primeiro caso o despedimento não é permitido. No segundo caso há sempre uma forma de garantir que “a porta da rua é a serventia da casa“. Ora, a geração que o Orçamento Geral do Estado financia paga uma propina irrisória e, como é obvio, o custo da estadia. Sendo que se presta a pagar esses custos, mesmo residindo até meia centena de quilómetros do estabelecimento de ensino. Público ou privado, tão só porque andar de transporte público não foi educação transitada ou incutida pela escola e por inércia familiar, custo social este engendrado por responsáveis pela arquitetura da mobilidade urbana e interurbana.
Jovens devem retribuir à sociedade os benefícios sociais que lhes foram atribuídos para estudarem
Ou seja, estamos perante uma conjuntura mental dos jovens que é laxista; preguiçosa; oportunista; que, quando formada, não tem qualquer pingo de consideração pelos seus clientes nos preços a cobrar pelos serviços prestados, esquecendo que foram esses seus clientes que lhes pagaram o curso seja ele qual for. Basta ter em linha de conta que um conselho médico em consultório custa acima dos 50€; um advogado idem; um terapeuta cobra 30€ por 45 minutos sem deslocação; num rol de autêntico descalabro que a maioria dos cidadãos não consegue pagar e que, por isso, sofre as consequências do não recurso aos serviços de que necessitava.
É evidente que esta geração oportunista tem direitos. Mas também é obvio de que deveria ter deveres. Desde logo com períodos de prestação de serviços a preços acessíveis aos obreiros do seu sucesso que, depois desse sucesso, passam a ser o garante do nível de vida que ajuízam ter.
Ora, uma sociedade civilizada vive de equilíbrios. A estória da livre concorrência já não resolve coisa nenhuma e o liberalismo trata
do enterro dessa mesma civilização.
Impõe-se por isso, aos políticos do megafone, que parem para pensar; arrumem o megafone; e descortinem soluções políticas para a civilização do futuro onde o oportunismo não terá lugar por escassez dos recursos naturais; o equilíbrio ambiental; a reversão na biodiversidade; mas também a circunstância igualitária na formação social que impedirá sobreposições e obrigará a equilíbrios e distribuição equitativa.
Uma tarefa dantesca para uma geração oportunista que terá de deixar de o ser sob pena de se enredar numa teia propícia à sua própria extinção.
O futuro o dirá…
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