O ‘original’ festival Manta, que se apresenta todos os anos como o grande portal que se abre para a entrada na (nova) temporada musical em Guimarães, reilumina a cidade nos próximos dias 9 e 10 de setembro, com a relação especial que estabelece entre os melómeanos e as artes, com a natureza e a arquitetura. É a partir dessa configuração, de espaço e respiração, que o Centro Cultural Vila Flor se tem afirmado todos os anos, e volta a fazê-lo em 2022, como lugar de reencontro de uns com os outros e do restabelecer vital da fruição cultural que envolve vimaranenses e seus vizinhos, bem como aqueles que visitam a cidade por esta altura.
Para a edição de 2022, apresentamos um alinhamento inteiramente nacional marcado pela originalidade de quatro projetos que atravessam estéticas e gerações diversas. Na sexta, 9, o Manta abre com Mariana Bragada sob nome artístico Meta que, depois de ter participado nas residências do Westway LAB, regressa a Guimarães para apresentar material de composição original com o qual tem conquistado um significativo número de seguidores. Depois entrará em cena Rodrigo Leão, artista que dispensa apresentações e que nos trará o seu “Cinema Project” com a participação de um coro juvenil.
No sábado, 10, teremos duas das mais bem sucedidas propostas na arte de escrever canções. Noiserv abrirá a viagem sonora da segunda noite, com um imaginário gerado por uma criatividade sem limites, seguindo-lhe a dupla Sean Riley e The Legendary Tigerman que, a partir de uma viagem com rota inicial inspirada na beat generation cujo destino seria Tanger, acabaria por rumar ao sul de Espanha e escrever um disco juntos, esse mesmo que vêm apresentar no jardim do Centro Cultural Vila Flor. O Manta vai também apresentar um concerto no sábado à tarde, intitulado “Tranglomango“, mantendo a tradição recente de dedicar uma parte do seu programa a um público mais jovem. Voltamos assim com energia renovada aos concertos no jardim do Vila Flor, para um novo ciclo que, através da música, nos vai afinar os sentidos e o espírito comunitário.
Entrada gratuita, até ao limite da lotação disponível.
Imagens: CCVF