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A Famalicão em Transição, uma das mais relevantes estruturas associativas na área do ambiente com sede no Concelho, no sentido de contribuir para a intervenção urbanística que se prepara para ser efetuada na zona envolvente ao Palácio da Justiça, em Gavião, que irá permitir o crescimento da Cidade para Norte, em direção a Braga, apresentou, esta segunda-feira, 10 de janeiro, a sua visão junto do Município de Famalicão.
Discordando de opções tomadas pelo Departamento de Ordenamento e Gestão Urbanística da Câmara Municipal de Famalicão, e preocupada com o que considera, “entre outros problemas, um sobrecarregamento do tráfego automóvel”, a Associação Famalicão em Transição, liderada por Débora Moura, considera que o “modelo de desenvolvimento” escolhido “continua a promover um conceito de ‘não-cidade'”, isto é, “sem coesão social e desintegrada do tecido empresarial de âmbito local – comércio, serviços e pequenos ofícios”.
Entre outros possíveis problemas de ordem urbanística, a Famalicão em Transição destaca um provável “sobrecarregamento do tráfego automóvel, pela inerente primazia dada à mobilidade individual automobilizada, em detrimento de uma utilização mais amigável do espaço público e promotora de uma maior humanização do espaço urbano”.
Condições ecológicas e recursos naturais
Tendo em estes pressupostos, a Famalicão em Transição propõe, para desenho de soluções urbanísticas que garantam o maior respeito pelas condições ecológicas e os recursos naturais existentes no local, em alternativa à reduzida área verde “área verde (apenas 20% da área total de intervenção) e uma consequente excessiva impermeabilização do solo nesta zona de Gavião (com a possibilidade de chegar a um máximo de 80% da área total de intervenção), o envolvimento de especialistas em planeamento ecológico”, nomeadamente em permacultura e arquitetura paisagista da Universidade do Minho e da Escola Superior Gallaecia.
Água, calor e paisagem
De acordo com a Associação, esta equipa deveria determinar soluções que permitissem a absorção das águas das chuvas nos espaços urbanizados, mitigar o efeito de bolha de calor nos arruamentos e restantes espaços públicos – não naturalizados – e trabalhar a paisagem de forma a atenuar o impacto visual das construções de fraca qualidade estética e de elevada volumetria contínua que definem a entrada Norte da cidade de Vila Nova de Famalicão.
Corredor ecológico
Além disso, e tendo em conta o Anteplano existente desde os anos 50, “é vital uma unidade no corredor ecológico que atravessa a cidade, desde Gavião a Norte, até Antas e Calendário a Sul. Para o efeito, a Famalicão em Transição sugere criar um corredor ecológico – naturalizado – de atravessamento da rua de S. Vicente que garanta a continuidade e ligação entre o Parque de Sinçães e a área verde, permitindo a continuidade do corredor ecológico para Norte.
Mobilidade
No que se refere à circulação de trânsito, nomeadamente automóvel, a Associação Famalicão em Transição está igualmente preocupada com um novo arruamento autorizado pelo Departamento de Urbanismo na nova urbanização que irá nascer em Gavião, pois promove a excessiva velocidade automóvel nessa localização, sugerindo a sua eventual eliminação.
Zona comercial
Por último, no que se refere à área de construção imobiliária propriamente dita, a Associação salienta o facto de estar previsto uma “excessiva área comercial”. Entende a Famalicão em Transição que “o projeto não deverá contemplar a abertura de médias e grandes superfícies, nem espaços comerciais com filosofia de discount”, devendo priorizar em alternativa uma “zona mista de pequeno comércio, serviços e habitação”. Esta zona de edificado deveria ser, no entender da Associação, separada da Av. Eng. Pinheiro Braga, através da inclusão de uma barreira verde, incorporando métodos “naturais” de absorção de água, assim concretizando a noção de “cidade-esponja”.”
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