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Pobreza: a derrocada de alguns mitos

 

 

A União Europeia acaba de publicar um estudo muito interessante sobre a pobreza na Europa no ano de 2020, o ano das catástrofes maiores da pandemia de Covid-19. Segundo a União Europeia, em 2020, existiam na Europa 96,5 milhões de pessoas em risco de pobreza ou de exclusão social, o equivalente a 21,9% de toda a população da União Europeia que, como se sabe, é de mais ou menos 500 milhões de ‘almas’.

Completando este número arrepiante de 96,5 milhões de pobres, refira-se que, em pobreza absoluta, estavam 75,3 milhões de pessoas, enquanto que 27,6 milhões sofriam de privações materiais e sociais graves e 27,1 viviam em agregados familiares com baixa intensidade de trabalho.

Ainda segundo este estudo, Portugal tinha, em 2020, 2 milhões de pessoas em risco de pobreza e de exclusão social, 20% do total da população (uma em cada 5 pessoas), o que coloca o nosso País em 10º lugar na tabela europeia. Há muitos países (muitos deles muito mais ricos do que nós) que têm proporcionalmente muitos mais pobres!

Bastará para tanto verificar que a média da pobreza na União Europeia é de 21,9%, sendo em Portugal, como vimos, de cerca de 20%. À frente de Portugal, com mais pessoas em risco de pobreza e de exclusão social, estão países como a Bélgica e a Alemanha, o que julgaríamos talvez impensável. Mas, neste caso, números são números.

Curiosamente, com menos pessoas em risco de pobreza e exclusão social (e estamos sempre a equacionar a percentagem sobre o total da população), estão países com a República Checa (11,5%), Eslováquia (13,8%), Eslovénia (14,3%) e, sem admiração, melhor com alguma admiração porque pensamos sempre que nestes países não existe pobreza, os Países Baixos – Holanda (15,8%) e a Finlândia (15,9%).

Mas há ainda situações muito piores do que aquelas que assinalámos anteriormente. Em quatro países da Europa (Roménia, Bulgária, Grécia e Espanha), nestes países, um quarto da população estava, em 2020, em risco de pobreza ou exclusão social!

A Europa não é apenas a Europa das catedrais, é também a Europa dos pobres

A Europa não é só a Europa das catedrais, da modernidade, da moda internacional, de lantejoulas e de brilhantes, e dos teatros luxuosos, mas é também a Europa dos pobres, daquelas crianças cujos pais não têm meios para as ter na escola, da pobreza infantil, dos sem – abrigo, dos idosos abandonados e de todos aqueles que não têm para comer ao menos uma refeição por dia!

Estes são os contrastes chocantes de um continente rico e desenvolvido, em que os países e a própria União Europeia não conseguem desenvolver uma estratégia que elimine os luxos sumptuários ao lado da pobreza extrema e intolerável.

Há dias atrás, a Fundação José Manuel dos Santos atualizou os dados da pobreza para Portugal. Segundo esta entidade e os seus investigadores, os números da pobreza já não são os avançados pela União Europeia, tendo sofrido um decréscimo acentuado, o que não deve ser obra do acaso. Assim, em vez dos dois milhões de pobres que, segundo os dados da União Europeia, existiriam em Portugal em 2020, ficámo-nos, na atualidade, pelos 1,6 milhões, segundo os dados da Fundação, o que é um avança significativo na estratégia de erradicação da pobreza em Portugal.

Quando a Fundação José Manuel dos Santos deu a conhecer os números atuais da pobreza em Portugal, logo vieram algumas organizações dizer que não eram números rigorosos e que os pobres, em Portugal, tinham aumentado e não diminuído. Não se baseiam em nenhum estudo com credibilidade, apenas em “impressões” que vão colhendo. Estas organizações são “mais papistas que o Papa” e embora quase todas de inspiração cristã, parece que só lhes interessa lançar a confusão…

Ainda é muita gente? Claro que é! Enquanto houver um pobre em Portugal, nenhum dos outros cidadãos pode dormir descansado, tendo que dar o seu contributo para erradicarmos de vez a pobreza, sobretudo a pobreza infantil e a pobreza dos idosos.

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