A queima de carvão deixou de fazer parte das opções na produção de eletricidade em Portugal. Apesar de licenciada para funcionar até ao final do mês, a Central Termoelétrica do Pego esgotou o estoque de carvão e encerrou a atividade 11 dias antes do fim do prazo previsto. A ZERO – Sistema Terrestre Sustentável regozija-se e lembra que esta data histórica permanecerá como um alerta para a necessidade de planear antecipadamente e assegurar uma transição energética justa para o país rumo à neutralidade carbónica em 2050 ou desejavelmente antes.
Portugal deixa, assim, de utilizar o combustível mais poluidor em termos de emissões de gases com efeito de estufa causadores das alterações climáticas, antecipando um objetivo que estava inicialmente traçado para 2030.
Deixar de usar carvão na produção de eletricidade é um elemento crucial da descarbonização que recebeu destaque e foi polémico na COP26 que terminou no passado fim de semana pela recusa de alguns países em terminar com o uso deste combustível.
Durante muitos anos, a Central Termoelétrica do Pego foi a segunda maior responsável pelas emissões de dióxido de carbono em Portugal, logo depois da Central Termoelétrica de Sines cujo encerramento ocorreu em janeiro deste ano.
Entre 2008 e 2019, a Central do Pego representou, em média, anualmente, 4% das emissões totais nacionais de gases com efeito de estufa (GEE), variando entre 1,6 e 5,3% em função da produção realizada (2019 é o último ano com emissões totais nacionais disponíveis). Em termos absolutos, a média anual foi de 4,7 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente.
O nosso País deverá agora registar uma quebra acentuada de emissões de carbono, até se atingir uma solução 100% baseada em fontes renováveis. A central a carvão do Pego era também uma fonte significativa de emissão de diversos outros poluentes, como os óxidos de azoto, dióxido de enxofre, partículas e metais pesados.
Imagem: PwL by Vítor Borges
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