Centenas de ativistas juntaram-se em Trafalgar Square, no centro de Londres, capital do Reino Unido, numa iniciativa do movimento Extinction Rebellion (XR) que serve de pontapé de saída para dezenas de ações de protesto previstas para as duas próximas semanas. Exigem que o Governo deixe de apoiar as empresas de combustíveis fósseis: “Stop all new fossil fuel investment immediately“/”Fim imediato aos novos investimentos em combustíveis fósseis”.
A ação desta segunda-feira da Extinction Rebellion (Rebelião contra a Extinção), movimento que afirma “ser preciso ocupar espaço” para “desafiar as rotinas”, que reuniu centenas de pessoas na Trafalgar Square, dá início às ações de protesto em vários locais de Londres nas próximas duas semanas, segundo o jornal britânico Evening Standard.
À Trafalgar Square, no centro da capital britânica, acorreram pessoas de todas as idades e diversas nacionalidades, brandindo cartazes e bandeiras com o símbolo Extinction Rebellion, uma ampulheta dentro de uma circunferência, manifestando-se em favor da urgência nas ações climáticas. Os ativistas estão a pedir às pessoas que se associem à sua luta levando cadeiras pintadas de cor-de-rosa para a famosa praça central de Londres e ali se fixem para tomarem parte na assembleia de cidadãos manifestando-se contra a inação do Governo britânico liderado por Boris Johnson.
Chamar a atenção para o clima
O estado do tempo é mesmo a principal preocupação do grupo ecologista, que sustenta que o planeta luta em contrarrelógio contra a extinção. “Por quê? O nosso governo está a falhar. Enquanto os incêndios florestais ardem em todo o mundo este verão e a temperatura mais alta da Europa foi registada como 48.8 graus Celsius na Sicília, dizem-nos que o congelamento do nosso restos de pão irá impedir a crise climática. As vozes e os esforços quotidianos das pessoas são necessários para criar um futuro viável, por isso é que exigimos que as assembleias juridicamente vinculativas sejam usadas para dirigir a política governamental”.
“Ajam agora, porque é demasiado tarde”, podia ler-se numa das faixas, à frente da qual um grupo de pessoas fingia ler a imprensa, com títulos como “Vai ficar tudo bem!” e outros afins.
Gail Bradbook, co-fundadora do movimento ambientalista, abriu a “The Impossible Rebellion” (A Rebelião Impossível) com um discurso de partilha com as nações que são desproporcionalmente afetadas pelas alterações climáticas.
Jerome Flynn, ator da série “Guerra dos Tronos”, presente no local, declarou ser “mais urgente do que nunca” as pessoas lutarem juntas. “Estou um pouco sem palavras neste momento, estou muito emocionado por estar aqui”, afirmou na ocasião.
Chamar a atenção para os culpados
23 de agosto marca o início da campanha “The Impossible Rebellion” e inclui atividades quase diárias até 4 de setembro, em Londres mas também um pouco por todo o mundo.
“O nosso é um apelo para mais honestidade, mais diversidade. É um apelo para políticas que reflitam a nossa humanidade”, cita o Jornal de Notícias, referindo um panfleto da organização.
Sobre a forma de atuação deste grupo de ativistas, Noah Zino, um estudante de Lisboa ativista da organização, em entrevista a Ana França para o Expresso, em 2019, lembra que “é preciso irromper pela normalidade, ocupar espaços, não deixar as coisas funcionar, não deixar passar carros porque foi essa forma de vida, essas instituições, que provocaram este caos e agora não nos querem ouvir.”
“Não queremos prejudicar as pessoas mas temos de chamar a atenção para os culpados: as grandes empresas”, diz o ativista.
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Imagem: XRLondon
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