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As Maias são uma tradição muito antiga que se mantém no mundo rural, em que as janelas são enfeitadas com giestas amarelas. Claro qur tudo tem uma explicação e aqui o que se passa é que é um ritual ligado à agricultura e à Primavera.
Há quem coloque bonecas de palha enfeitadas para dar mais beleza e poesia ás janelas. Isto significa o fim do tempo mais frio, o Inverno, que tanto dá que fazer às gentes do campo. A nova estação é sinónimo de fertilidade e de alegria.
As casas eram enfeitadas de noite, para estarem todas cheias de flores quando o dia nascia. Dessa forma afastavam-se os maus espíritos que podiam roubar os meninos e desfazer a vida dos seus familiares. Há terras onde se põem as flores no ferrolho da porta.
As giestas são as flores mais abundantes nesta altura do e, como são amarelas, representam a luz e a vida. Assim era uma maneira singela de evocar os bons espíritos e o renascer da vida, uma continuidade que a todos ajustava.
A sua origem perde-se no tempo mas encontram-se algumas notas que fazem luz para esta celebração. Maia era a deusa mãe de Mercúrio, que era o mensageiro dos deuses, a deusa romana da fecundidade. O nome Maia significa pequena mãe e, por isso, a tradição ensinava que devia ser dado a uma avó, ama de leite ou parteira.
Na tradição Celta a primeira noite de Maio celebrava a fertilidade da Terra, altura em que as pessoas pediam que a natureza lhes desse bons frutos nesse ano. É assim que essa noite tem o nome de Beltane, dedicada ao deus Bel, que protegia a vida. Beltane significava o fogo de Bel e eram feitos rituais de purificação pelo fogo.
Podemos ainda encontrar outras justificações por esse mundo fora mas o certo é que a Primavera é inspiradora e o facto de os dias serem maiores, permite que a terra esteja mais amena e que, assim, responda aos favores que lhe são pedidos.
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Imagem: Carlos Gomes
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