Dia das Maias: tradição antiga no mundo rural

Dia das Maias: tradição antiga no mundo rural

Pub

 

 

As Maias são uma tradição muito antiga que se mantém no mundo rural, em que as janelas são enfeitadas com giestas amarelas. Claro qur tudo tem uma explicação e aqui o que se passa é que é um ritual ligado à agricultura e à Primavera.

Há quem coloque bonecas de palha enfeitadas para dar mais beleza e poesia ás janelas. Isto significa o fim do tempo mais frio, o Inverno, que tanto dá que fazer às gentes do campo. A nova estação é sinónimo de fertilidade e de alegria.

As casas eram enfeitadas de noite, para estarem todas cheias de flores quando o dia nascia. Dessa forma afastavam-se os maus espíritos que podiam roubar os meninos e desfazer a vida dos seus familiares. Há terras onde se põem as flores no ferrolho da porta.

As giestas são as flores mais abundantes nesta altura do e, como são amarelas, representam a luz e a vida. Assim era uma maneira singela de evocar os bons espíritos e o renascer da vida, uma continuidade que a todos ajustava.

A sua origem perde-se no tempo mas encontram-se algumas notas que fazem luz para esta celebração. Maia era a deusa mãe de Mercúrio, que era o mensageiro dos deuses, a deusa romana da fecundidade. O nome Maia significa pequena mãe e, por isso, a tradição ensinava que devia ser dado a uma avó, ama de leite ou parteira.

Na tradição Celta a primeira noite de Maio celebrava a fertilidade da Terra, altura em que as pessoas pediam que a natureza lhes desse bons frutos nesse ano. É assim que essa noite tem o nome de Beltane, dedicada ao deus Bel, que protegia a vida. Beltane significava o fogo de Bel e eram feitos rituais de purificação pelo fogo.

Podemos ainda encontrar outras justificações por esse mundo fora mas o certo é que a Primavera é inspiradora e o facto de os dias serem maiores, permite que a terra esteja mais amena e que, assim, responda aos favores que lhe são pedidos.

1ª Página. Clique aqui e veja tudo o que temos para lhe oferecer.

Corpo fit: como obtê-lo em 2021

Imagem: Carlos Gomes

 

Pub

Categorias: Comunidade, Cultura

Acerca do Autor

Margarida Vale

Deram-me o nome de Margarida e, sem terem essa intenção, fiquei ligada à terra e aos seus modos. Margarida do Vale. Mistura de culturas que se sabem entrosar, entre o sul e as ilhas, assim cresci entre gente culta e estudiosa e pessoas simples que sabiam o valor da labuta diária. Sou uma amálgama de tudo e de vontades, por isso, a mente que me foi dada é irrequieta. Já tive várias profissões e agora estacionei no ensino. Que existe de melhor do que estar com gente jovem, com pequenos diamantes que precisam de ser lapidados e polidos? Os desafios são enormes mas a recompensa é bem maior. O crescimento é recíproco e salutar. A História é uma paixão, assim como a escrita, que esteve parada durante uns anos e cuja gaveta foi reaberta sem data para encerrar. O passado coletivo é a nossa herança e não pode ficar esquecido. para tal existem as letras que lhe tentam fazer justiça e testemunho. Afinal de que somos feitos? De sonhos e de quereres e ainda de várias vidas que se vão vivendo conforme os obstáculos vão surgindo e necessitam de ser ultrapassados. Viver é uma arte que se renova e que encanta. Talvez seja por isso que o Tejo me acompanha e vivo bem perto dele e do local onde os barcos foram feitos para zarparem e descobrirem novos mundos.

Comente este artigo

Only registered users can comment.