Para ti, Mãe

Para ti, Mãe

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Para ti

quis trazer as coisas mais belas

e em tudo o que fiz pus o

cuidado meticuloso de quem

ama

porque os outros se mascaram

mas tu não.

Lembro que,

quando eu nasci,

ficou tudo como estava.

Não houve

nada de novo

senão eu.

Mas tu, esquecida das dores,

soltaste ainda um sorriso e agradeceste.

Mãe não tem limite

é tempo sem hora.

Ofereço-te esta promessa:

quando for velho,

voltarei para buscar

os instantes que não vivi junto de ti.

 

Fosse eu Rei do Mundo e fazia uma lei:

Mãe não morre nunca,

mãe fica sempre

junto de seu filho.



Ron Mueck é um artista plástico australiano conhecido pelas suas esculturas hiper-realistas em tamanho gigante, de certo modo assustadoras mas também incrivelmente perfeitas de tal modo se assemelham a fotografias. Os seus trabalhos situam-se nesse “limite entre a realidade e a representação, a verdade e a ficção, são esculturas de pessoas comuns em situações (nem sempre) comuns“, refere Luciana Trigo, no blogue Máquina de Escrever.

Uma das suas ‘minúsculas’ esculturas, Mother and Child / A Mãe e a Criança (2001-2003), foi criada durante o tempo que passou como Artista Associado na National Gallery de Londres. Polémica e detalhada, a obra retrata uma mãe nua com o seu filho recém-nascido sobre a barriga, ainda ligados pelo cordão umbilical, enfatizando o vínculo entre ambos, assinala Angie Kordic na Widewalls. Ao contrário das outras peças gigantes de Ron Mueck, esta mede apenas 24 x 89 x 30 cm.



Obs: baseado e inspirado em poemas de Drummond de Andrade, Sebastião da Gama, Sidónio Muralha, Sophia e Valter Hugo Mãe.

Imagem: Ron Mueck


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Categorias: Arte, Literatura, Poesia, Sociedade

Acerca do Autor

Pedro Costa

Diretor e editor.

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