José Ilídio Torres - Barcelos - escritor - poeta - romancista - retrato - política - pandemia - covid-19 - trabalho - economia - saúde - confinamento - democracia - mulher - mulheres - comunidade - amor - emoções - emoção - sentimento - paixão - vida - vidas - carpe diem - ambição - prazer

Confinamento do mal

 

 

Já não «vêm pela noite calada, em bandos com pés de veludo», andam às claras e querem ser «mordomos do universo todo, Senhores à força, mandadores sem lei».

Não os vampiros do Zeca, mas um bando de idiotas que pelo planeta tomou o poder.

Usam a mentira como arma de arremesso, são racistas, misóginos, praticam crimes ambientais em nome da ganância, exploram, matam.

Alimentam-se do preconceito, da ignorância, da pobreza material e espiritual, e não vão parar se não forem detidos.

Controlam a imprensa e, quando não o conseguem, insultam, caluniam, ostracizam, amordaçam, silenciam.

Promovem o uso massificado de armas e a violência sobre aqueles que defendem a árvore da liberdade em todos os seus ramos: de pensamento, de género, de orientação sexual, de orientação política…

Do sofá das nossas casas, entre a inércia e a indiferença, plantamos muitos de nós, todos os dias, novos ditadores, e somos amores-perfeitos a criticar, num zapping interminável pelo vazio das nossas idiossincrasias, das ideias que nos foram impingidas.

Mas não somos todos assim.

Há uma resistência sem rosto a crescer, que não se conforma, que tem como alimento, e na sua míngua, a inquietação. Que se recusa a ser manipulada por um sistema opressor, e que vem para a rua gritar.

Jovens e menos jovens, homens e mulheres, todos sentem, como na canção do Sérgio Godinho, «Uma força a crescer-(lhes) nos dedos, e uma raiva a nascer-(lhes) nos dentes».

E eu pergunto, tal como no poema, «Que força é essa amigo?».

A resposta tem que ser não-violenta, pacífica e educadora, mesmo que a televisão nos mostre carros incendiados, lojas assaltadas e vandalizadas. O caminho não vai por aí.

Essas são imagens da decadência do sistema capitalista, que começou faz tempo, e que estrebuchando, irá sempre impor com violência a ordem.

A revolução mais duradoura é a que usa as ideias como arma, a cultura, a educação.

A verdadeira transformação começa, como tenho dito muitas vezes, em cada um de nós. Não importa se ainda somos poucos, ou se achamos que vai ser lenta esta marcha pela auto-determinação.

Vai ser mais rápida que aquilo que se possa pensar. Caminhamos todos os dias para algo inimaginável há umas décadas atrás. Sem retorno, porque queremos ser felizes agora, e não nos podem responder com desigualdade e opressão.

Aquilo que é importante é não baixar os braços, é cultivar o respeito em todas as nossas acções, a amizade nos outros, e o amor como energia vital do universo.

O bem vencerá sempre o mal, porque é ele quem sempre resgata a condição humana nas mais duras provações.

Tombaremos muitos de nós nesta luta. O medo há-de sentar-se à mesa connosco, dormirá na mesma cama, mas ninguém conseguirá calar nunca a força das convicções e da liberdade.

Por cada Jiang Zemin, Kim Jong-un, Al-Bashir, Bashar Al-Assad, Trump, Bolsonaro ou até Ventura, por cada um dos que são já ditadores e pelos que anseiam ser, responderemos com milhões de mãos dadas em todo o lado, milhões de abraços em toda a parte.

Alarga-se a confiança, semeia-se a esperança e confina-se o mal.

Para sempre.

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