Abril | Reinventar Abril cantando a Liberdade de olhos postos no futuro

 

 

Nunca como hoje compreendemos tão fundo, na nossa pele e na nossa mente, como nos une uma Humanidade comum, numa igual dignidade e sofrimento.

Se nos une a todos a mesma fragilidade, sabemos bem, apesar de tudo o que Abril nos legou, como ainda nos desunem diferentes condições de confinamento e de vida.

O nosso imediato desafio, neste momento, é o de mitigar as desigualdades que persistem na nossa relação com esta doença, que nos ameaça pessoalmente e à nossa vida comum.

Por isso é que o governo tem de atuar, como no essencial o tem feito, com a determinação que cada caso exige, protegendo os mais frágeis, biológica e economicamente, sem deixar ninguém para trás.

Num mundo que girava de forma frenética e num tempo sempre preenchido por momentos tão efémeros, de repente percebemos que o tempo não é feito só de horas, mas daquilo que somos capazes de fazer com elas, dando-lhes significado humano, em solidariedade com as nossas famílias e os que mais precisam.

Mas dá-nos esperança ver que os atuais desafios fizeram tantas pessoas e comunidades levantar-se em gestos solidários, com testemunhos de cuidado com o próximo. Em tantos casos, as circunstâncias que nos subtraíram os abraços dos mais próximos multiplicaram a solidariedade.

Para além disso, há uma linha da gente, feita de homens e mulheres especialmente corajosos, que nos deve orgulhar a todos, ainda que o sucesso deste desafio, desta ameaça vital, dependa, no fim, de todos e de cada um.

É conhecido o alcance que a Covid-19 tem tido no distrito de Braga. Perante as dificuldades causadas pela doença, os cidadãos, as empresas, os centros de conhecimento, as autarquias, o Serviço Nacional de Saúde, têm sido inexcedíveis na forma como têm atuado.

O momento atual é um tempo de incertezas. Mas a liberdade existe, o estado de emergência não suspendeu a democracia e, sobretudo, não suspendeu o nosso apego à participação livre num Portugal mais justo.

O 25 de Abril é este ano um 25 de Abril diferente, Contudo, merece ser celebrado por quanto para Portugal. Saibamos reinventar Abril na forma de cantar a Liberdade do presente, de olhos postos no futuro e nas novas gerações, pois a Democracia há de ser sempre um projeto em construção.

Nestas circunstâncias difíceis que justamente por isso, este é o tempo da política, não da pequena política mas da ação política enquanto decisão colectiva, pública e democrática. É com esta convicção que proponho celebrarmos a Liberdade hoje e amanhã.

 

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