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Covid-19 | As revoluções. Os povos. As desgraças.

 

 

A desgraça dos povos sempre foi o seu primeiro motivo para lutar e assim acrescentar graça à sua vida.

A atual reversão nos valores da democracia e da liberdade impostos por condição excepcional de prevenção da saúde pública está a causar danos irreparáveis na estabilidade das pessoas:

– Familiares; – Emotivos; – Sociais; – Profissionais; – Outros.

Desta forma assistimos a  uma revolução incomum em que o seu protagonista é um vírus de nome: COVID-19.

Uma revolução porque altera toda a atual forma de vida dos povos e  a funcionalidade e função dos Órgãos do Estado e, “perigosamente” cria condições para a recuperação da estabilidade dos grupos económicos;  reversão nos patamares sociais;  reversão nas conquistas dos trabalhadores por conta de outrem que, entretanto, deixaram de o ser, substituídos nas suas tarefas por artefactos mecânicos comandados por servidores dotados de tecnologia de ponta e processadores de última geração sempre em evolução, tanto no armazenamento como no processamento dessa mesma informação mesmo que manipulados à distância por inteligência Humana, preparando o caminho para o corolário do uso por inteligência artificial.

O mundo sonhado por alguns para benefício próprio e por outros para que o Homem desfrute da vida, em que o Estado funcione sem o peso fiscalizador das pessoas que na estrutura organizacional de um Estado se encarregam dessa tarefa, está em pleno funcionamento:

– a emanação de ordens a partir de ordenadores externos; – a relação pessoal substituída por videoconferência; – a clausura voluntárias das pessoas; – a circulação de pessoas e mercadorias condicionada; – entre outros.

Estão a produzir os efeitos que se pensava só possíveis a médio prazo, mas que, por circunstância que se presume anómala, avançaram no tempo presente e cujos efeitos e consequências na vida vão ser alvo de estudos vários para aplicação futura.

Dos seus resultados sairão conclusões científicas para a organização das sociedades do futuro e diretivas para a sua articulação institucional, sendo que os interesses financeiros saem a ganhar terreno na acumulação de riqueza e as populações saem a perder castradas nos seus direitos essenciais porque no futuro jamais será igual, em qualidade de vida, ao presente.

No entanto, há condicionantes na História, contempladas que foram ocorrências na pré-história possíveis de identificar as eras e seus hábitos, usos e costumes, que nos mostram todo um percurso civilizacional que não se resume às grandes revoluções:

– Revolução agrária; – Revolução industrial; – Revolução tecnológica; – Revolução COVID 19.

Nem sequer aos modelos políticos mais recentes: imperiais, monárquicos ou republicanos, sendo que as pandemias como: a raiva; peste negra e outras na Europa e no Mundo, assim como as grandes guerras civis e mundiais, marcaram de forma indelével o trajeto das civilizações, tanto na sua organização social como nos hábitos alimentares, uso de vestuário e de comportamento, em resultado das culturas cimentadas pelo poder local, concelhio, provincial, nacional, ou outro consoante a cultura nacional transitada em cada Continente.

Tanto nas suas componentes políticas e religiosas em simultâneo ou separadas.

Exposto isto importa relevar, até para desmistificar a informação que corre nas plataformas digitais onde se pode dizer tudo com predominância e propensão  para a asneira, que indivíduos como: Bill Gates, Donald Trump, Jair Bolsonaro e outros cuja estirpe dimensional é tratada e trabalhada pelo marketing não fizeram nem nunca farão a História.

Tão pouco Júlio Verne a fez mesmo tendo  influenciado os grandes construtores industriais com desenhos e ideias que deixou em manuscritos da sua lavra.

Porque a História é feita pelos povos de todo o mundo que no seu conjunto procuram modelos de formas diferenciadas para minorar as suas dificuldades e melhorar a sua qualidade de vida: presente e futura que legarão à geração seguinte.

Uma tarefa global que produz efeitos diferentes tendo em conta as diversas diferenças na origem e no percurso de cada povo em cada conquista.

Até a divisão territorial e política teve estádios e eras distintos.

No entanto, os povos têm anseios de percurso comum onde pontuam:

– a paz; – a liberdade.

Percursos que carecem de equilíbrio sustentado em equidade e justiça e onde a solidariedade pública é elementar.

É assim a História. Umas vezes recua. Outras vezes avança. Sendo certo que para haver condições de sobrevivência da espécie Humana, a História das civilizações tem de avançar.

A sustentabilidade dos ecossistemas tem de ser segura e a salvaguarda de todas as  espécies ainda vivas tem de ser reequacionada para ser uma realidade.

É urgente parar as alterações climáticas que munem os vírus de resistências a essa circunstância para a qual o Homem não está preparado, tornando-o portador e propagador em ordem crescente e de forma pandémica a que acaba por sucumbir.

Neste contexto, os modelos económicos em que assenta a extração, transformação e consumo dos géneros e dos bens associados, assim com de outros bens de diferenciação do extrato social, tem de mudar de paradigmas.

O capitalismo selvagem vai ganhar esta batalha.

Mas será uma vitória efémera porque se lhe seguirão as reivindicações sociais que farão o trajeto da História e da vida das pessoas e do meio ambiente.

A socialização da vida onde a economia é um pilar estrutural será o futuro. Para bem da Humanidade.

Importa por isso repensar toda a evolução orgânica das sociedades: no modelo e na forma.

 

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