Nos últimos tempos, a minha presença em alguns eventos de natureza cívica e política, permitiu-me auscultar com atenção as ideias de muitos jovens da JSD (Juventude Social Democrata), de outras organizações políticas de juventude e, também, de muitos outros sem qualquer filiação partidária, tanto no nosso concelho de Vila Nova de Famalicão como em outros concelhos, em especial onde mantenho relações mais intensas derivadas do desenvolvimento dos negócios da empresa que fundei há mais de 20 anos.
Tenho ouvido os anseios e os argumentos dos jovens, quase sempre coerentes, mas, naturalmente, portadores da ingenuidade própria da idade, da falta de experiência profissional ou formação. Por isso, sou levado a concluir que é urgente irmos mais além, muito mais além, do que a realização das tão conhecidas “Universidades de Verão” – espaços de “formação política” dos jovens dos partidos que, presumivelmente, assumirão no futuro as rédeas dos vários poderes.
Parece-me urgente oferecer aos nossos jovens, em especial aos que desde cedo sentem um ímpeto mais forte pela ação política, uma estrutura permanente de formação política, uma “Universidade da Juventude”, com especial enfoque em áreas como a Contabilidade Pública, a Fiscalidade, o Cálculo Financeiro, a Macroeconomia, a Microeconomia e a Política Económica, que são as bases essenciais de uma qualquer discussão parlamentar, por exemplo, sobre um Orçamento de Estado ou um Orçamento Municipal.
Nas minhas participações nas sessões de esclarecimento que têm sido promovidas pelo PSD-Famalicão, na sua própria sede, constatei um enorme défice de formação em economia, finanças, contabilidade pública e, consequentemente, em questões de política económica, por parte de jovens militantes, simpatizantes e até mesmo entre deputados à Assembleia da República presentes.
Este défice de formação evidenciado pelas pessoas presentes nas suas intervenções diminui de forma dramática a sua capacidade de intervenção política, o que torna a grande maioria dos debates a que assistimos nos diversos espaços mediáticos, nomeadamente nas televisões, numa espécie de “conversas de café”.
No entanto, a par deste panorama desolador, e mais uma vez demonstrando fé e esperança nas novas gerações de agentes políticos, verifiquei que – quer nas intervenções dos mais jovens quer nas suas dúvidas e pedidos de explicações que me enviaram em privado, no final de cada uma das sessões –, verifiquei, dizia, um certo hesitar na exposição das ideias, quase como se tivessem receio que alguém ouvisse, mas, também – e isso considero um bom sinal – uma enorme vontade e procura de maior consistência nos argumentos políticos que lhes têm vindo a ser apresentados pelos seus líderes políticos, argumentos esses desprovidos de suporte técnico e de suporte económico e fiscal.
Devemos começar, pois, cada um de nós, pela nossa esfera de influência política e formativa mais próxima. Por isso, lanço aqui o repto para que a estrutura política concelhia do PSD de Vila Nova de Famalicão crie uma estrutura formativa permanente, pelo menos nas áreas atrás descritas, dedicada aos seus jovens da JSD e a todos os jovens que simpatizem com os ideais do partido fundado por Francisco Sá Carneiro. Assim cuidaremos melhor do futuro do PSD e do futuro de Portugal.
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