Perante a Nação, António Costa, Secretário Geral do Partido Socialista (PS), e Rui Rio, Presidente do Partido Social Democrata (PSD), dirimiram pontos de vista diferentes, como seria de esperar, sobre as políticas que defendem para o País.
Foi um diálogo aceso em determinados momentos e morno quanto baste na sua generalidade.
Um defendeu a sua governação sem recurso ao estado das contas públicas ou à calamitosa situação política do País e económica das famílias, entre outros efeitos da nefasta governação que o precedeu e que deixou o País numa situação de eminente colapso social e financeiro, usando argumentação de estadista em exercício de função e de quem continuará nesse exercício após as eleições legislativas de outubro.
O outro tentou desvirtuar essa governação com premissas de uma conjuntura internacional circunstancial favorável, omitindo as circunstâncias em que o seu interlocutor assumiu o poder, bem como as circunstâncias em que o fez uma vez que o Partido Socialista não ganhou as eleições e que o argumento ao tempo usado pelos seus colegas de partido era no sentido da realização de eleições antecipadas, acusando António Costa de “usurpação” de poder ao aceitar governar uma maioria Parlamentar a que chamaram “Geringonça”.
Rui Rio muniu o discurso com uma linguagem corrida do agrado do cidadão eleitor. Que, diga-se, lhe é peculiar.
Não entenderam, ou não o quiseram, os comentadores do nosso lastro político-partidário, enveredando por conclusões já banalizadas de vencedor ou de vencido neste tipo de intervenção tida por debates sabido que é não corresponderem a esse desígnio, uma vez que qualquer líder partidário aquilo que faz é tentar passar para o eleitorado e para os cidadãos em geral a sua mensagem política do modelo de sociedade que pretende implementar se for poder e quais as múltiplas diferenças que os distanciam dos demais partidos políticos.
A questão central é que o objetivo de ambos os interlocutores não foi o augurado pelos analistas, mas foi o que cada um a si próprio impôs como meta.
O objetivo de ambos visou estabilizar o voto já decidido e não gerar controvérsia fraturante que deslocasse esse voto já há muito decidido porque em causa esteve a franja do eleitorado que se identifica com a social-democracia situada entre o centro-direita e o centro-esquerda. Que é o espaço político disputado pelos dois partidos do arco do poder.
Neste particular, quer António Costa, quer Rui Rio, estiveram à altura das suas responsabilidades e da sua estatura política e intelectual.
PS muito perto da maioria absoluta nas Eleições Legislativas
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