A pobreza na intervenção política e social é algo que dói a uma terra fecunda de cuja barriga saiu gente ilustre no domínio das ciências, do conhecimento, das artes, das letras e outras vertentes do saber mas que hoje olha em volta e se revolta com o marasmo instalado em tricas de cordel em torno do umbigo sempre luzidio que não sabe ser reflexo da capacidade armazenada do saber discernir entre o útil e o inútil daquilo em que se envolve.
O umbigo é a parte sobrante de um elo que deve ser o nosso orgulho. Foi através dele que nos alimentou a vida o ventre materno e que, ao no-lo cortarem, passamos a ser autónomos para a vida futura.
Simplesmente, não é esse o umbigo que está em análise social crítica, vulgo política social, quando o sentido figurado mencionado é o a propósito do comportamento.
Neste particular, o umbigo figurado referido é o comportamento do indivíduo em grupo. De que se extrapola comportamento incorreto por não ter em conta a opinião dos pares e pensar ser possuidor de razão única oriunda sabe-se lá de onde.
Em regra, esta postura resulta de disfunção social acumulada, atolada na ignorância pura e dura.
Neste caso, o do comportamento num contexto que visa exclusivamente a promoção de uma vaidade inconsistente por nem sequer haver motivo, aquilo que acontece é a chacota coletiva que faz de conta que não se apercebe, mas que julga.
Estamos assim perante um domínio da cultura demasiado pobre e enlameado:
– Pobre por incúria do poder e sujo por desmazelo educativo;
– Luzidio por ignorância como.
Esta maleita coletiva é neste momento transversal ao comportamento dos Homens. Sendo que a excepção é sempre aquilo que justifica a regra.
Mesmo rara, a excepção, existe. Acoita-se na humildade discreta do vasto conhecimento sempre exímio e exigente. Impõe – se com a naturalidade das coisas comuns, porque é comum, mesmo sendo maltratada.
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