Há dois vetores a ter em conta no comportamento dos homens por serem sociologicamente os mais comuns, a saber: pragmatismo e consciência.
Estes dois vetores são de atitude transversal em que assenta o comportamento comum em sociedade: o pragmatismo que reporta aos meios que melhor conduzem aos fins pretendidos, a consciência que reflete comportamento equilibrado por sensato e que tem em conta o meio envolvente como condição.
Ora, nos tempos que correm, a condição de sobrevivência já não é motivo principal, num quotidiano complementar porque se lute.
O motivo central de luta quotidiana passou a ser o da melhoria da qualidade de vida que as gerações foram conquistando e legando à geração seguinte.
Neste contexto, os diversos segmentos das sociedades organizadas por interesses: de hierarquias, de classe, ou outro, em torno de interesses comuns, foram eliminando assimetrias, barreiras, e outros fatores de diferenciação entre as classes sociais; etnias; raças; credos; e outros, existentes; visando um objetivo claro: o da melhoria das condições de vida das populações em geral, e do conhecimento em particular, mas que, por circunstâncias afetas à evolução, se generalizou também.
Estas duas condições: de vida, por imperativos óbvios, e do conhecimento na busca constante de um saber que permita ao homem vislumbrar para além de si próprio, têm sido, ao longo dos tempos, o mote das várias correntes do pensamento ideológico, sendo que por ideológico não é correto aferir pensamento político-partidário. Até porque a expressão do pensamento avoluma mais conteúdo filosófico do que qualquer outro.
Esta dinâmica funcional da organização social tem permitido avanços significativos à espécie Humana desde a sua existência no Planeta, avanços esses, com maior expressão social no período de transição do século XX para o século XXI, nos domínios antes referidos.
Da dicotomia inicialmente descrita, pragmatismo e consciência, importa, para o fim à discussão, reportar ao tempo presente, tempo em que se questionam mais os Homens do que a sua organização política e social.
Ora, dessa organização, o modelo é o cerne. E, o modelo, tem nos partidos políticos e demais agentes sociais, a sua matriz de identidade coletiva, uma identidade que não renega o cordão umbilical porque esse é o embrião genético dessa mesma identidade.
Nesta linha de raciocínio é legítimo tentar perceber o que leva uma determinada geração a ajuizar ter sido a única a fazer caminho, condição essa que legitima o juízo de que uma geração que assim pensa não tem a mínima noção da responsabilidade social e histórica do legado transitado.
Este legado não admite roturas por impossibilidade de juízo e de senso racional. Quanto muito, admite novos caminhos, novas perspetivas, novas soluções, o que tem sido uma condição constante e que terá de continuar a ser.
Porque todo o legado transitado é intrínseco à construção dos valores de suporte ao intelecto que cada um dispõe:
- À memória:
- Ao passado.
- Ao presente.
- Ao futuro!
Desde o Homem das cavernas ao Homem das cidades!
Não compreender esta evidência é não perceber que uma sociedade, para estar organizada, tem de ter regras e de que qualquer processo, revolucionário que seja, também tem as suas regras. E que essas regras interagem com as regras em vigor que só serão alteradas em circunstância de ocorrência de processos revolucionários, a seu tempo.
- É dos livros!
- É da História!
- É um mero exercício de inteligência, nada mais!
Imagem: Ashley Maze
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