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Especismo: porquê amar um e comer o outro?

 

 

A ideia de que algumas vidas importam menos é a raiz de tudo o que há de errado com o mundo.

Paul Farmer

 

O termo “especismo” é ainda desconhecido por grande parte da população. Mas afinal, o que é o especismo? Como o próprio nome indica, o especismo caracteriza-se pela discriminação de seres com base na sua espécie.  Este termo foi usado pela primeira vez pelo psicólogo britânico Richard D. Ryder em 1970.

Dentro do especismo, existem duas categorias a considerar: o especismo elitista que se baseia no preconceito para com todas as espécies não humanas; e o especismo eletivo em que algumas espécies são mais discriminadas do que outras.

Será o ser humano especista em relação às outras espécies? Se há um preconceito comum a todas as pessoas, independentemente da sua raça, género, idade ou classe social, é o especismo. Nós humanos, somos especistas diariamente, muitas vezes sem termos perceção.

Mas afinal porquê tratar os animais de forma diferente?

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Seremos seres superiores aos animais porque conseguimos falar, porque somos racionais? Nós, animais humanos, podemos sofrer e desfrutar, temos os nossos próprios interesses e necessidades, mas não somos os únicos, isso acontece independentemente da espécie. Todos os animais têm consciência, têm personalidades únicas, podem alegrar-se e entristecer-se, podem sentir dor ou prazer, procuram viver felizes e lutam pela vida. É um facto que os humanos têm algumas capacidades mentais mais desenvolvidas do que os outros animais, mas, muitos animais têm outras capacidades que muitas vezes desejaríamos ter, como voar, respirar debaixo de água, ver no escuro ou ter um ótimo sentido de orientação.

Será que tratamos os animais de forma diferente por uma questão cultural ou tradicional? Na nossa sociedade, o especismo é-nos incutido desde o dia em que nascemos. É comum dizerem-nos que a espécie humana é a melhor, a mais inteligente, a mais forte. No dia em que nascemos é-nos retirada a nossa compaixão pelos animais, somos ensinados que eles são inferiores a nós e que existem para nosso benefício, que têm de morrer para que os possamos comer. Sem termos noção disso, começamos também nós a discriminar os animais e a tratá-los de forma diferente. Somos ensinados que o cão, o gato e o cavalo são para estimar e que a galinha, a vaca, o porco, as cabras e as ovelhas são para comer. Se todos os animais sentem e sofrem da mesma maneira, porquê fazer distinção entre eles? A única diferença é a nossa perceção. E se, de repente, os talhos começassem a vender carne de cão ou gato? Será que iríamos ver as coisas de outra perspetiva?

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O uso que fazemos dos animais das outras espécies, seja de forma mais ou menos “humana”, baseia-se no preconceito e o preconceito é sempre injustificável.

O especismo não é diferente do racismo, do sexismo, da homofobia ou da xenofobia. Todas as discriminações assentam em preconceitos e resultam em opressão e violência.

Ser especista é amar o cão, tratá-lo como um membro da família e ao mesmo tempo, comer um hamburguer. Aquele pedaço de carne já foi um animal. Um animal que sente e sofre como nós, um animal que não queria morrer, que lutou pela vida até ao último segundo.

Chegou a altura de respeitarmos todos aqueles que têm o direito a ser respeitados, independentemente da espécie a que pertencem. Chegou a altura de dizer “Basta!”. É possível ser-se saudável sem consumir animais, é possível viver sem causar o sofrimento e a morte de outros seres, humanos e não humanos.

Um mundo com justiça para todos os animais começa com cada um de nós, com as nossas escolhas.


Imagems: 0) Pavel Kuczynski, 1) autores desconhecidos


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