Fernando Chalana (10.02.1959 – 10.08.2022) cumpriu mais de 400 jogos pelo Benfica e foi aí, nos relvados, que construiu o seu nome e deixou uma marca que ficará para sempre entre as grandes do futebol português. O antigo jogador do clube das águias, nascido no Barreiro, faleceu esta quarta-feira, 10 de agosto, com 63 anos. A sua memória perdurará para sempre.
Depois do Barreirense o SL Benfica aos 15 anos
Chalana representou o Benfica, na 1ª. Divisão, pela primeira vez em Março de 1976, poucos depois de ter completado 17 anos. Neste dia, em 1976, Fernando Chalana estreou-se pela equipa em jogo frente ao Farense, que o Benfica venceu por 3-0, e em que era ainda júnior quando, ao intervalo, entrou para substituir o histórico Toni. Desde então, disputou, pelo clube encarnado, um total de 410 jogos, marcou 64 golos e conquistou 13 títulos oficiais.
O atleta entrara no clube, no entanto, aos 15 anos de idade proveniente do Barreirense, clube que deu muitos outros nomes de relevo ao desporto-rei. “Até àquela data, nunca ninguém tão jovem havia atuado na 1.ª Divisão portuguesa”, recorda o clube encarnado. Mas ‘os génios não morrem, ficam na memória de todos aqueles que tiveram a oportunidade de os ver atuar‘.
Além do Benfica, Chalana representou Bordéus, Belenenses e Estrela da Amadora
Durante 13 épocas atleta do Benfica, com um intervalo por terras de França, onde representou o Bordéus, havia quem dissesse de Chalana tratar-se do ‘Pequeno Genial’. Chalana, recorde-se, era pequeno na estatura – media apenas 1,65 m -, mas gigante no futebol que tinha nos seus pés e no coração. E havia também quem, em França, lhe chamasse ‘Chalanix’, pelas semelhanças com o famoso personagem da banda desenhada Astérix.
No final da carreira de futebolista, o jogador benfiquista representaria ainda o Belenenses e o Estrela da Amadora. Seguiram-se ainda vários anos de treinador das camadas jovens, onde estimulou e preparou muitos para um futuro risonho nesta área desportiva.
Momento mais alto da carreira em representação de Portugal
Canhoto, com um pé esquerdo extraordinário, foi um dos melhores jogadores de sempre do Benfica e do futebol português, tendo vivido aquele que foi o momento mais alto da sua carreira no Campeonato Europeu de 1984, disputado em França. Nesse torneio, Portugal ficou em terceiro lugar, depois de eliminado numa imorredoira semifinal em que perdeu com a seleção francesa, que sairia vencedora por 2-3 e viria também a ser a campeã europeia. O jogador foi 27 vezes internacional por Portugal.
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Imagem: SL Benfica
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