A identidade de Portugal está bem viva na cidade que viu nascer o País. No âmbito das comemorações da Batalha de São Mamede de 1128, Domingos Bragança, o Presidente da Câmara Municipal de Guimarães, destacou o “dever coletivo” de “assumirmos a comemoração do dia 24 de Junho, Dia Um de Portugal” no discurso da Sessão Solene realizada esta segunda-feira. O edil vimaranense realçou na sua intervenção o “imperativo categórico” de “preservar e honrar a história do nosso país, da nossa cidade e das nossas gentes”. Vincou ainda que “o 24 de Junho não comemora apenas Guimarães”, mas antes “comemora um País e comemora um Povo”.
Sem o referir explicitamente, Domingos Bragança persiste em “lutar para que Portugal e a sua diáspora venham a reconhecer o 24 de junho como feriado nacional e a celebrá-lo como momento fundador da identidade e autodeterminação de uma das mais antigas nações do mundo“.
A Sessão Solene realizada no Paço dos Duques de Bragança foi presidida por José Mendes, Secretário de Estado Adjunto e da Mobilidade. O governante realçou, na sua intervenção, que “o 24 de Junho não é apenas importante para Guimarães” e considerou que “a Portugalidade ficou decidida” na tarde de 24 de Junho de 1128. “Guimarães é, com toda a legitimidade, reconhecida como Berço da Nação”. José Mendes disse ainda que “este dia convoca a nossa qualidade de portugueses e é uma oportunidade de olharmos para o passado e projetarmos o futuro. Aquela primeira tarde portuguesa constituiu o início de uma das mais extraordinárias aventuras vividas por qualquer nação europeia”, salientou.
Homenagem aos profissionais de saúde
O momento mais solene da sessão foi a distinção Profissionais de Saúde, Voluntários e ainda Profissionais dos Serviços Essenciais. Domingos Bragança fez questão de lembrar o atual período de pandemia, numa alusão às “novas batalhas” e à resposta manifestada pelas gentes da Cidade Berço.
“Guimarães, perante uma grande dificuldade, mostrou, mais uma vez, a força do seu sentimento de pertença e de coletivo”, salientou. “Não nos contentamos com a tolerância, pois tolerar implica condescender, ser complacente, fazer concessões. Nós somos um povo e cidade benevolentes, pois a benevolência está muito para além da tolerância: Benevolência é bondade, afeto e vontade de fazer bem. E com benevolência as batalhas também se ganham”, salientou.
Nesta cerimónia, restrita a convidados em função das recomendações da Direção Geral da Saúde, foi prestada homenagem todos os vimaranenses que se revelaram decisivos para o combate ao surto pandémico provocado pelo novo coronavírus, com a atribuição de Medalhas de Mérito Municipal Humanitário aos grupos sociais e profissionais que estiveram na linha da frente no combate à Covid-19. A medalha aos Profissionais de Saúde foi entregue a Henrique Capelas, Presidente do Conselho de Administração do Hospital de Guimarães; a medalha para os Voluntários foi entregue a Virgínia Alves, voluntária da Cruz Vermelha de Guimarães e a medalha para os Profissionais dos Serviços Essenciais foi entregue a Crisália Alves, coordenadora dos Serviços Municipais da Proteção Civil.
Identidade vimaranense espelhada na cultura
“A Cultura em Guimarães é feita de pessoas que valorizam o seu passado, mas que não abdicam de um olhar mais distante, em busca de outras formas de olhar a realidade”, salientou também Domingos Bragança na sua intervenção.
A Secretária de Estado Adjunta e do Património Cultural, Ângela Ferreira, realçou a importância da comemoração da Batalha de S. Mamede a nível nacional. “O 24 de junho de 1128 é uma data fundamental no nascimento de Portugal. (…) “Este é o momento solene que assinala a primeira tarde portuguesa, que deixou um legado ao qual chamamos País”.
Nesta cerimónia foram condecorados com medalhas de Mérito Cultural Alexandra Gesta, Carlos Poças Falcão, Francisca Abreu e Isabel Fernandes. O presidente da Câmara Municipal dirigiu-se aos homenageados numa alusão ao “espírito humanista” dos vimaranenses e a “partilha de valores de uma cidade que se orgulha de ser o Berço e que tudo faz para colocar as pessoas no centro da sua atuação”.
Os momentos musicais foram protagonizados por vários artistas vimaranenses, com destaque para um tema original da autoria de Tiago Simães.
Publicado por Município de Guimarães Comunicação em Quarta-feira, 24 de junho de 2020
Missa Solene
Neste dia especial, realizou-se a habitual Missa Solene de evocação dos 892 anos da formação de Portugal na Igreja de Santa Maria de Guimarães, data da batalha de S. Mamede. A cerimónia religiosa foi celebrada pelo Reverendo Padre Paulino Carvalho e pelo Reverendo Cónego Oliveira Fernandes.
Medalha de Compiègne atribuída a Domingos Bragança
As comemorações do 24 de Junho estenderam-se às cidades geminadas com Guimarães, onde se destacaram as presenças da cidade espanhola de Igualada; as cidades francesas de Compiègne, Dijón e Montluçon; a cidade alemã de Kaiserslautern; e as insulares Tacoronte, da Ilha de Tenerife, nas Canárias, e Ribeira Grande de Santiago, a Cidade Velha em Cabo Verde.
Domingos Bragança, recebeu a Medalha de Compiègne, realçando a “distinção que vem mostrar que os laços afetivos se propagam para além das fronteiras físicas” e frisou que esta medalha, entregue por Arielle François, “é símbolo de amizade entre os povos”.
Inauguração da Escola Básica de Fafião
O Presidente da Câmara de Guimarães, Domingos Bragança, inaugurou esta quarta-feira a requalificação e ampliação da Escola Básica de Fafião.
O edifício está agora dotado de condições de habitabilidade e sustentabilidade energética, num só piso, onde alberga a biblioteca, sala para ATL, gabinete administrativo e ainda apoio ao jardim-de-infância, com destaque para o espaço exterior e o parque de jogos equipado com piso sintético. O Município investiu cerca de 600 mil euros para proceder a esta profunda reformulação.
O presidente da autarquia vimaranense assume o objetivo de proporcionar “tudo o que for possível” a fim de garantir a todas as crianças “o acesso às ferramentas da educação”, neste período tão difícil da nossa história que temos estado a atravessar. Domingos Bragança registou ainda, no âmbito da atual pandemia, que “a presença física das crianças faz falta nas escolas, onde podem voltar a aprender, a brincar e a sorrir” sublinhando que “a educação é um pilar fundamental para a compreensão do mundo”.
‘Aqui viveu Portugal‘
As comemorações encerraram com a repetição da visita guiada, realizada também durante a manhã e transmitida pelo facebook do município vimaranense. “Aqui Viveu Portugal” assinala o papel de Guimarães na construção do País, no seu primeiro dia enquanto Nação. Encenada pela Astronauta – Associação Cultural, através de um percurso pelo Centro Histórico de Guimarães, com início no Largo da Oliveira e final no Castelo classificado pela UNESCO e pela História de Guimarães, de D. João a Gil Vicente, de Afonso Henriques a Martins Sarmento.
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Imagens: M GMR
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