Natal | O ontem de hoje

 

 

Ontem pode ser o que cada um de nós ajuizar como definição primeira, ou última, ou… quiçá… intermédia, de um espaço de tempo no tempo de uma vida em que esse espaço temporal pode até ser porventura presente.

O “ontem foi assim” é, por definição, uma fórmula de análise objetiva que se presume referente ao passado. No entanto também pode ser uma alegoria comparativa com o presente ou o futuro.

Porque se ontem choveu, hoje também pode chover, e amanhã choverá também, com certeza.

Nós os Homens, temos um ontem demasiado longo no tempo, um presente demasiado curto, e um futuro que desconhecemos.

Mas se ontem a nossa história foi assim, a que nos transmitiram, hoje somos nós que a fazemos e por isso somos responsáveis.

Jean-Paul Sartre, na sua obra sobre o existencialismo, defende que o Homem é o primeiro responsável pelos seus atos e as suas consequências, motivo pelo qual é razoável pensar-se que, no seu tempo, o Homem não assumia essa responsabilidade.

Outros pensadores houve, nesta vertente do “ontem foi assim” que, por insatisfação com esse mesmo ontem, preconizaram a necessidade premente em mudar o rumo das coisas (a organização das sociedades encarregues de assegurar a vida). Fizeram escola e alicerçaram o seu presente que nos conduziu ao futuro atual e que nos forja para o futuro que queremos desde que assumamos essa responsabilidade individual num todo coletivo em que o hoje e o amanhã são da nossa inteira responsabilidade.

Eu não sei se o ontem foi melhor ou pior do que aquilo que é o hoje. Uma abordagem séria ao ontem obriga a um exercício mental impossível de realizar por completo desconhecimento das regras de vida do tempo. O que reporta a expectativa do Homem sobre a felicidade para o ângulo do desconhecido é o facto de a História escrita não relatar a vida da sua célula elementar que é a família.

Ontem foi assim:

Em Belém, na Judeia, nasceu Jesus Cristo. O Messias. O esperado. O Salvador. O filho de Deus.

Hoje é assim:

O Natal é sempre que o Homem quiser.

Amanhã será assim:

Continuará a haver Natal porque a economia é mais importante para o Homem do que a figura ilustre e de líder de Jesus Cristo, O Nazareno, Rei dos Judeus.

 

Imagem: Josefa d’ Óbidos

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