A Póvoa de Varzim esteve presente na apresentação, em Ourense, do Mapa de Coesão do Eixo Atlântico, um documento de relevante valor estratégico que fornece uma radiografia da coesão social das mais de 40 cidades que compõem atualmente esta associação que é em simultâneo uma agência de desenvolvimento do Noroeste Peninsular. Em representação do Concelho esteve a vereadora da Coesão Social e do Atendimento Municipal, Andrea Silva, que abraça este projeto desde o início e no qual participou mediante a divulgação de contributos pessoais e indicadores locais.
Este envolvimento ativo por parte da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim na conferência que decorreu no Centro Cultural de Marcos Valcárcel prende-se com a aposta em continuar a trabalhar em rede em projetos que contribuem para o desenvolvimento e coesão socioeconómica regional, priorizando primeiro as pessoas e só depois o território.
Este relatório representa uma radiografia da coesão social nos municípios do Eixo Atlântico ao mesmo tempo que gera um sistema de informação partilhado entre eles que permite corrigir as desigualdades, prevenir as patologias sociais e melhorar as políticas de coesão de forma coordenada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, cuja aplicação está definida na Agenda Urbana do Eixo Atlântico.
No Eixo Atlântico, urgem soluções específicas para cada comunidade promover a igualdade de oportunidades
Na sessão de abertura participaram Lara Méndez, presidente do Eixo Atlântico, que se referiu à crise demográfica e coesão transfronteiriça, Xoán Vázquez Mao, secretário-geral do Eixo Atlântico, que identificou as patologias sociais que provocam crises políticas e Luis Menor, presidente da Deputación de Ourense, que destacou a necessidade de uma resposta local para um problema global, através da promoção da igualdade de oportunidades.
Partilhar informações entre cidades para corrigir desigualdades
Coube a Roberto San Salvador a apresentação do Mapa de Coesão do Eixo Atlântico que defendeu soluções específicas para cada comunidade, uma vez que, em tempos complexos, urge um compromisso forte em prol da garantia da dignidade de todos os seres humanos. O documento reflete políticas sociais de modo integrado e coordenado, que permitem transitar para políticas personalizadas e de atendimento ao munícipe, aplicáveis em cada município, como é o caso da própria Póvoa de Varzim.
“As pessoas em situação de vulnerabilidade e exclusão necessitam de políticas sociais mais personalizadas, mais transversais, mais integradas” por isso, assinala o autor, “Temos que ter em consideração os fossos de vulnerabilidade e exclusão que se estão a abrir nas nossas cidades e territórios”, refere San Salvador às Notícias do Eixo Atlântico.
Os centros urbanos que pertencem ao Eixo Atlântico, nomeadamente a Póvoa de Varzim, partilham uma cobertura universal de saúde e educação, a perceção de segurança é generalizada, a digitalização e as transformações socioeconómicas atingiram todos os espaços físicos. A maioria dos seus habitantes, independentemente do local onde vivam, gozam de uma elevada esperança de vida, têm acesso a uma alimentação de qualidade, vivem em bairros e casas que lhes permitem levar uma vida digna e têm acesso a espaços verdes e transportes públicos de qualidade.
O estado de bem-estar é definido pela cobertura das minorias
Por outro lado, uma taxa elevada de cerca de 25% das pessoas estão em risco de pobreza e exclusão, em maior ou menor grau, e que se concentram em percentagens semelhantes em todas as cidades que compõem a Eurorregião. É assim essencial trabalhar para passar de serviços e políticas sociais para políticas personalizadas o que está a acontecer nas cidades de Ribeira, na Galiza, e em Santa Maria da Feira, em Portugal, mas cujas práticas deverão ser alargadas à Póvoa de Varzim e às demais cidades do Eixo Atlântico.
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Imagens: MPVZ
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