Uma reportagem estranha há 35 anos… levou-me a descobrir que um dos quadros mais bonitos com traje de Viana está associado a uma história de amor de vida inteira.
Tive a sorte de, numa reportagem das Festas da Agonia, na Rádio Alto Minho, a ouvir contar sumariamente, a um dos protagonistas, o Marechal Costa Gomes, presidente da República após o 25 de Abril, um dos generais ligados à Revolução que mudou Portugal e uma das figuras históricas mais paradoxais do século XX português.
No atelier do pintor Henrique Medina, Francisco da Costa Gomes fascinou-se com um retrato a óleo de uma minhota que lá estava à espera de ser levantado pela retratada.
O interesse foi intenso, ao ponto de o sisudo general ter dito, noutras entrevistas, que se apaixonou logo ali.
Chamava-se Estela, como estrela e realmente brilhava e iluminava o quadro.
História de amor minhota mete trajes, beleza, pintores famosos e um general que surpreendeu pelo romantismo
Verdade ou mito construído para enquadrar uma vida inteira juntos, o facto é que insistiu com o pintor para que os apresentasse porque terá dito: “Vou casar-me com ela”.
O facto é que muitas flores e conversas depois, namoraram e casaram em Viana do Castelo… e o resto é História.
Na era das imagens e do amor líquido, acho muita graça lembrar a sorte de, como repórter imberbe, há 35 anos exatos, ter apanhado parte desta História num gravador para a reportagem das festas desse ano.
Na altura, não tínhamos os meios de hoje e não ficou a gravação (que era em cassette) mas, se dizem que Viana é amor, fica a lembrança de uma história de amor minhota, que não é novidade, mas que mete trajes, beleza, pintores famosos e um general que surpreendeu pelo romantismo.